A reabertura do Cine Belas Artes em São Paulo, prevista para acontecer em cerca de 4 meses, deve ser vista como mais importante do que o fato em si, pelo caráter simbólico. O prefeito Fernando Haddad disse ontem que a reinauguração das salas de cinema “se insere num contexto maior” de sua gestão. Segundo ele, a cultura deve ocupar os espaços públicos como disseminadora da cidadania.
Foto Letícia Macedo
O secretário Juca Ferreira afirmou que o mandato do atual prefeito “resgata uma cidade que estimula o espaço público como espaço da cultura”.
Outro dado muito relevante é que, conforme explicou Haddad,
a prefeitura participará da parceria fechada com a Caixa Econômica Federal com
um instrumento recém-criado, e valioso, a SP Cine, que vai ter o direito de
utilizar as salas de exibição para o cinema brasileiro e para os filmes
produzidos pela própria empresa municipal. “A SP Cine vai ter uma sala no Belas
Artes, patrocinando o cinema brasileiro ou o que é produzido no Brasil”, disse
ele.
No final de dezembro, o prefeito sancionou a criação da SP
Cine, agência municipal de fomento ao cinema na cidade, antiga reivindicação de
produtores, diretores e atores paulistanos.
Quem conhece São Paulo sabe do simbolismo da reinauguração
do Belas Artes, na esquina da Rua da Consolação com avenida Paulista, e do
estado de deterioração a que esse local chegou nos últimos anos.
O túnel que passa por baixo da Consolação, do Belas Artes ao
Riviera, vai virar um espaço cultural.
Enfim, há quem não dê tanta importância à política cultural
de uma gestão. Mas ela revela de fato muito mais do que parece.
Leia mais sobre a reinauguração do Belas Artes em matéria da RBA.
Um comentário:
Grande feito!
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