domingo, 11 de março de 2012
Não seja otário: não compre DVDs piratas
Uma coisa que, depois deste sábado, não farei nunca mais novamente: comprar DVD pirata. Não tenho nada contra as pessoas trabalharem. Mas, realmente, ao adquirir esses produtos você está à mercê de pilantras que não pagam impostos, vivem fugindo do “rapa” (porque não passam de criminosos) e enganam o consumidor. Pobrezinhos deles, não é? Precisam tanto trabalhar!
Eu tinha três filmes para ver nesta noite de sábado, que comprei de camelôs. O primeiro, O Evangelho segundo São Mateus (obra-prima de Pier Paolo Pasolini que queria rever). O filme inicia e vejo que tem dois problemas graves:
- as opções de idioma do DVD são inglês e português, o que não tem o menor sentido, pois o filme de Pasolini é intrinsecamente italiano, sua alma e seu idioma são italianos. Pasolini em inglês é para otários ou ignorantes, e eu não sou nem uma coisa nem outra.
- O DVD que comprei do camelô é colorizado, o que tem menos ainda a ver com um filme neo-realista de 1964.
Ou seja, a pessoa que compra o filme e não o conhece está vendo uma obra deturpada sem saber. E quem conhece e quer rever, só pode ficar frustrado e se sentir enganado.
O segundo filme comprado de camelô (na rua Augusta, perto do Espaço Unibanco), ao qual tentei assistir neste sábado, é o mais recente do iraniano Asghar Farhadi, A Separação, que acaba de ganhar o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro . Mas as legendas do DVD que comprei não casam com as falas. Você fica vendo os diálogos e, enquanto um personagem está falando, a legenda está mostrando uma fala anterior. Mais uma vez: me senti um otário e tirei o filme.
E, com ingênua esperança, pus no drive o terceiro DVD que comprei de camelô. Um hollywoodiano, Justiça para todos, com Al Pacino. Foi tudo bem, passou todos os trailers, uma beleza! Mas na hora de começar o filme propriamente dito, simplesmente não rodou!
Enfim, meus amigos, parece até piada, mas eu tinha três filmes para ver neste sábado e não assisti a nenhum! Perdi a noite, fiquei nervoso, gastei dinheiro à toa e estou aqui a escrever este post.
E ainda tem gente que defende os pobrezinhos dos camelôs que batalham tanto, fogem tanto do “rapa”, coitadinhos. Porém, na falta de adjetivo melhor, eu diria mesmo que não passam de uns pilantras e vagabundos.
Mas, de mim, tenham certeza, eles não vão ganhar nunca mais os “três real” por um DVD ou cinco por dois que cobram para enganar os otários, como me senti esta noite.
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4 comentários:
Pois é meu amigo Edú, antes tarde do que nunca....é sabido que, de uma forma ou outra este tipo de comercio acaba por financiar o trafico (vários tipos)....muito embora a gente por ter pensamentos (e raízes..saudades do Allende)socialistas, acaba por ser solidário com a necessidade de trabalhar que também tem estas pessoas e como sabemos que isto é produto do sistema, creio eu que, até de forma impensada consentimos com a atividade ilegal destas pessoas, talvez como uma forma muito intima de reação ao sistema que sabemos que priva a maioria de oportunidades (mas, isto é outro papo e para outra hora).É como minha mãe sempre diz; "os justos pagam pelos pecadores"...existem alguns que até devam "piratear" os filmes com certa "ética"..rsrsr..digamos assim, para manter o fregues mas, é obvio que são a minoria e alem do que, rapidamente serão engolidos pelo próprio subsistema deles.
Edu, tu sabes que existem alguns sites onde tu podes baixar filmes ,...te indico o netflix...é pago mas, não é caro e podes assistir quase de tudo; filmes seriados, documentarios,etc.
"camelô nunca mais"....rsrsrsr...daria um filme, heim?
grande abraço!!!
"saquear, roubar, furtar, fazer cópias sem autorização do autor ou do detentor dos direitos legais"-tirado do Houaiss, está claro que é crime, por tanto, quando compramos esses produtos temos de estar cientes dos riscos.
Mas edu, talvez alguma coisa funcione, quando vc vai na opção "audio" do seu controle remoto. Vai dar para ouvir no áudio original do filme. Consegui isso com duas fitas. Mas temos que evitar esses tipos, com certeza.
abraços
Esse problema das legendas, infelizmente, é comum acontecer. Mas ao comprar um produto "genérico" há de se estar previamente preparado para os eventuais problemas.
Para quem repassar a grana? Para os pilantras que se prestam a serviços intermediários entre os artistas e seu público (como seguradoras de automóveis aos proprietários) ou às suas crias rebeldes? Eis o fim do beco. À fuga, só aprendendo a escalar as paredes.
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