quinta-feira, 8 de março de 2012

Neymar faz partida para a história do futebol e Santos destrói o forte Internacional na Vila


LIBERTADORES

Mais uma vez, quem viu, viu. Azar de quem não viu. Como se não bastasse a espetacular partida do time do Santos como um todo na grande vitória de 3 a 1 sobre o Internacional na Vila Belmiro pela segunda rodada da Libertadores, a jornada de Neymar foi uma daquelas para entrar nos anais da história do futebol.

Foram três gols do craque da camisa 11: o primeiro, de pênalti, sofrido por Borges, o único fato digno de nota do apagado 9 santista neste 2012; o segundo, antológico, do mesmo nível do que anotou contra o Flamengo no ano passado, que ganhou o prêmio FIFA de gol mais bonito da temporada no mundo; e o terceiro, logo após o Inter fazer 1 a 2, mais um de Rey. Este último foi só um chorinho de presente para o professor Dorival Júnior. Gosto de ver jogo no campo, e tenho inveja de quem esteve hoje na Vila Belmiro. Por isso tudo, este jogo merece uma ficha técnica para arquivar, que está abaixo no post.





Ganso, soberbo

Mas, fora o craque maior, Paulo Henrique Ganso fez de sua parte uma partida soberba, gigante. No segundo tempo, quando Dorival Junior colocou Tinga e Dagoberto, ambos ao que parece para bater, Ganso só não tirou Dagoberto do jogo com cartão vermelho porque o árbitro gaúcho da federação paranaense não quis. Ganso ganhou o temperamental Dagol na provocação, no drible, duas ou três vezes em poucos minutos, e o enfezado ex-são paulino revidou com pontapés o que não conseguiu combater jogando bola. Desde os tempos de São Paulo, eu presto atenção em Dagoberto num aspecto que ele só confirma: me parece um dos jogadores mais desleais dos grandes clubes brasileiros de hoje.

Foto: Ivan Storti/ Divulgação - Santos FC
Quem pode quando esses dois estão inspirados?

É bem verdade que Paulo Henrique deu uma entrada no primeiro tempo, no jovem meia Oscar, que poderia ter-lhe rendido o vermelho. Mas é certo que Ganso não entrou na partida, sua melhor com a camisa do Santos em 2012, para bater. Não é do seu feitio. Mas os gestos do Ganso de hoje me lembraram o Ganso da final contra o Santo André em 2010. Altivo, categórico, impondo-se e levando o adversário ao desespero, à raiva e à impotência.

E Arouca? Outro gigante. Atuou em todo o campo, como um motor, um dínamo. Até os 12 minutos do primeiro tempo, tinham sido dele três finalizações perigosas contra o gol colorado, uma delas salva em grande defesa do goleiro com nome de anjo, Muriel.

Acuado no primeiro tempo, o Inter porém quase se deu bem no único setor falho do Santos, a lateral esquerda, por onde o time gaúcho penetrou várias vezes, nas duas etapas da partida. Seja nas bolas que Juan tomou nas costas, seja pela falta de cobertura no vazio deixado pelo lateral que não voltava a tempo. Numa dessas bolas, já no segundo tempo, Rafael fez um milagre em finalização acho que de Damião. Na lateral direita, Fucile não comprometeu.

Os beques Dracena e Durval fizeram partida quase impecável, não fosse pela falha no gol colorado, mas que foi uma falha geral do time.

E o jogo terminou em olé. Os gaúchos, que levaram um baile de bola em Santos, não vão querer deixar barato na volta em Porto Alegre. Mas se forem muito afoitos, vão perder lá também.

Corinthians e Fluminense

Termino o post a tempo de dizer que o Corinthians ganhou de 2 a 0 do pobre Nacional do Paraguai (lógica absoluta) no Pacaembu e o Fluminense ganhou com autoridade do Boca Juniors em La Bombonera. Destaque para Deco, que fez um jogo primoroso, e Fred, decisivo como sempre.

Ficha Técnica

Santos 3 X 1 Internacional
(Vila Belmiro - Santos)

Santos: Rafael; Fucile (Bruno Rodrigo), Edu Dracena, Durval e Juan; Henrique, Henrique, Ibson (Elano) e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Borges (Alan Kardec). Técnico - Muricy Ramalho.

Internacional: Muriel; Nei, Rodrigo Moledo, Índio e Kléber; Bolatti (Tinga), Guiñazu, Elton (Dátolo), D'Alessandro (Dagoberto) e Oscar; Leandro Damião. Técnico - Dorival Júnior.

Gols: Neymar (pênalti), aos 18 minutos do primeiro tempo. Neymar, aos 9, Leandro Damião aos 18 e Neymar 19 minutos do segundo tempo.

Árbitro: Evandro Rogério Roman (Fifa-PR)

2 comentários:

Gabriel Megracko disse...

Neymar é Arte. Não arte no futebol. Digo: é Arte pura. Não conseguia engolir a garfada do meu jantar porque, no terceiro do Rey, tive um ataque de riso e medo de morrer engasgado.

Marco disse...

Realmente fantásticos principalmente acho que o segundo em que o drible vamos dizer evolui, ele deixa a bola meio que solta e só então decide e aí tira os beques. Caralho !