sábado, 11 de abril de 2015

Na companhia de Temer, Zuckerberg e Obama, Dilma pode estar saindo do inferno astral em abril


Robert Stuckert Filho/Presidência da República
Com Mark Zuckerberg, criador do Facebook

Posso estar enganado, mas me parece que a presidente Dilma Rousseff chega a abril com possibilidade de começar a sair do inferno astral que atravessou os três primeiros meses de seu segundo mandato.

Se sinais e movimentos querem dizer alguma coisa, esta segunda semana do mês 4 vai terminar depois de três fatos que conjugam política interna, comunicação e relações internacionais e que colocam Dilma em manchetes bastante favoráveis, inclusive como marketing, em que pese o desejo e o empenho udenista pelo fracasso do governo.

A semana começou com o anúncio de Michel Temer como articulador político do governo no lugar do inoperante Pepe Vargas, iniciativa que, talvez, se dependesse de Lula, teria sido uma das primeiras do governo que ora se inicia. 

Nesta sexta-feira (10), num movimento que pode ter mais significado do que se imagina, Dilma se reuniu com o criador e presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, na Cidade do Panamá, onde ocorre neste fim de semana a VII Cúpula das Américas. No encontro com Zuckerberg foi anunciada uma parceria do governo brasileiro com o Facebook para "desenhar um projeto comum cujo objetivo fundamental é a inclusão digital", disse Dilma.

E justamente no âmbito da VII Cúpula das Américas a presidente brasileira terá um encontro muito esperado com o presidente dos Estados Unidos. Encontro que, mesmo a contragosto dos chefões da mídia brasileira, renderá no mínimo imagens muito positivas, senão na mídia brasileira “tradicional”, pelo menos em setores menos comprometidos com a chamada burguesia nacional, que o velho Claudio Abramo (1923-1987) já considerava tacanha, e também na imprensa internacional.

A expectativa é de que o encontro com Barack Obama sirva também para selar a viagem de Dilma a Washington em 2015. Já se fala em junho. Não será uma visita de Estado (o que só poderia se concretizar em 2016), mas, mesmo assim, será um marco como retomada das relações de “alto nível” entre Brasil e Estados Unidos, interrompidas em 2013 com o escândalo de espionagem que veio a público, supostamente ou não, trazido pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden.

No caso de Obama, o encontro terá o condão de mostrar para muitos manifestantes politicamente analfabetos, que se vestem de verde-amarelo na avenida Paulista, que Dilma não está tão isolada assim. Afinal, trata-se do presidente dos Estados Unidos, que muitos desses analfabetos políticos consideram a terra prometida da Nike e do McDonald's.

Talvez, aos poucos, alguns setores da esquerda comecem a entender que o mundo inteiro passa por uma crise econômica de grandes proporções já faz tempo e que as eventuais derrotas dos trabalhadores decorrem mais do Congresso Nacional mais conservador em décadas do que de um governo até aqui politicamente fraco, é verdade, mas não desonesto.

As companhias de Temer, Zuckerberg e Obama embutem significados políticos, midiáticos e simbólicos capazes de dar novo fôlego à chefe de um governo dado como “morto” pela oposição, por seus porta-vozes midiáticos e também por muitos aliados antes mesmo de começar?

A conferir.


Um comentário:

Anônimo disse...

SAIR DO INFERNO???
KKKKKKKKKKKKKKKKK
DILMA BAIXOU PARA O INFERNO, E TU COMO JORNALISTA É UM FRACASSO!