quarta-feira, 1 de junho de 2016

Analista de The Wall Street Journal diz que chance de Sanders vencer Hillary é real


Fotos: Reprodução/Youtube


O analista político Douglas E. Schoen escreveu ontem, no jornal The Wall Street Journal, um veículo conservador, que há hoje bem mais "do que uma possibilidade teórica de que Hillary Clinton não seja a candidata democrata" para as eleições presidenciais norte-americanas em novembro.

Até agora considerada inevitável, a nomeação de Hillary poderá começar a fazer água se ela perder as primárias na Califórnia, dia 7 de junho, para Bernie Sanders. Segundo o analista, essa possibilidade pode "muito bem" acontecer.

Segundo Schoen, a Califórnia reúne fatos que demonstram que o Estado tende para Sanders. Por exemplo: em meados de maio haveria cerca de 1,5 milhão de eleitores democratas recém-registrados desde janeiro, o que representaria um crescimento de 218% nos registros de eleitores democratas em comparação com o mesmo período em 2012. Esse seria um forte sinal a favor de Sanders.

Se se confirmar, uma vitória Sanders na Califórnia seria um poderoso sintoma de que Hillary  pode não ter a força que se imaginava, como candidata democrata, avalia o analista. "E se Sanders vencer em Montana, Dakota do Norte (cenário aliás do grande filme Fargo, de Joel Coen) e se mostrar competitivo em Nova Jersey", poderia conseguir mudar votos de superdelegados democratas antes a favor de Hillary.

Nas últimas semanas, a avaliação de que a ex-secretária de Estado de Barack Obama seria a mais forte contra Donald Trump "se evaporou", diz o analista. Pesquisas mostram um empate técnico entre ela e Sanders na Califórnia.

E há ainda outra "fratura" no argumento a favor de Hillary, diz Schoen: "Sanders corre consistentemente mais forte do que ela (num eventual embate) contra Trump nacionalmente, batendo-o por cerca de 10 pontos percentuais em uma pesquisa recente.

A pergunta que fica, no momento, é: será?

3 comentários:

marco antonio ferreira disse...

Edú,W.S. Journal? Se Wall street é quem financia, pesadamente a Clinton. Os financistas estão dentro do governo Obama... terrorismo pra justificar o voto útil, responsavel, etc, quer dizer mais dinheiro.
Agora, se o Trunp ganhasse o cenário seria propício para um golpe de estado. Trunp seria ausência de poder, vácuo político. Alguém se atreveria, ou já existe?-(tipo, house of cards). Será?

Eduardo Maretti disse...

Marco.
Na minha opinião, Wall Street financiar, pesadamente, a Clinton, não quer dizer que um analista que escreve no The Wall Street Journal não possa avaliar a situação de um ponto de vista informativo. Acho que a gente não pode confundir as práticas canalhas da mídia brasileira com a imprensa dos Estados Unidos. Claro que o jornal é dirigido ao público do mercado, Wall Street. Mas se esse mercado perceber que Sanders tem mais chance de vencer o republicano, seja Trump ou outro, é óbvio que para ele, mercado, será preferível ter Sanders do que Hillary. Aí Sanders vence e será, claro, domesticado pelo mercado e por todos os níveis do Estado americano. Sabemos que nos EUA o presidente manda menos do que parece.
Pelo que se ouve e lê, Hillary está muito desgastada.
Aliás, não sei por que o pessoal de esquerda brasileira torce tanto por Sanders. Ele inclusive mal se pronunciou sobre o golpe no Brasil, deu uma declaraçãozinha tímida, pífia mesmo, pra não dizer que não disse nada. Se ele for para a disputa em novembro, tenha certeza de que estará sempre e sempre ao lado dos interesses americanos. E só.
Esperemos...

Eduardo Maretti disse...

PS: só pra acrescentar: o "esquerdista" Sanders, na declaração que mencionei acima, sequer citou a palavra Brasil. Apenas disse: "Os Estados Unidos não podem continuar intervindo na América Latina e derrubando governos ou tentando desestabilizá-los por razões econômicas".
Pra mim isso é muito pouco mesmo.