quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Santos de Claudinei mete 3 a 0 no São Paulo de Muricy na Vila. Tá bom



Divulgação/Santos FC
Capitão Dracena sobe no terceiro andar para fazer 1 a 0

Cheguei em casa hoje disposto a ver Santos x São Paulo direto da Vila Belmiro. “E aí, seu Edu, hoje é dia!”, me recepcionou Francisco, o simpaticíssimo porteiro da noite no condomínio, são-paulino, que tem uma bela voz de radialista (se existisse o ProUni quando Francisco era menino...). Concordamos que o empate estava de bom tamanho para ambos no San-São, na atual conjuntura.

Tenho visto muito pouco o Santos jogar, seja por falta de tempo, seja porque tem passado cada vez menos na TV aberta e nos canais pagos. Quem não tem pay-per-view (que já assinei, mas cancelei, porque acho um roubo) quase não vê mais o Peixe ao vivo. O que, na boa, é discriminação. A torcida santista na capital é enorme.

Mas, hoje, passou na Globo, eu não tinha que trabalhar e assisti.

Os melhores momentos de Santos 3 x 0 São Paulo - 02/10/2013


Vi logo de cara Aranha defender uma bola de Luis Fabiano que para mim era gol. Mas vi o Peixe fazer 1 a 0 aos 22 minutos do primeiro tempo, no terceiro escanteio seguido em que a zaga são-paulina permitiu ser atacada passivamente, algo estranho no time de um treinador (Muricy Ramalho) que prima pela defesa bem postada. No terceiro corner consecutivo, gol de Dracena, o capitão.

Vi o Peixe perder dois gols feitos logo em seguida, desperdiçando a chance de aniquilar o Tricolor ainda no primeiro tempo. Pensei: isso é típico do Santos, perder gols e tomar o empate.

Depois, o volante santista Alison foi expulso por uma entrada criminosa e injustificável em Douglas. Cartão vermelho mais do que merecido.

Tensão. Se o São Paulo jogasse a partir de então como contra o Grêmio no domingo passado (quando perdeu por 1 a 0 no Morumbi, mas jogou bem), provavelmente empataria. Tinha um jogador a mais, ainda no primeiro, e todo o segundo tempo pela frente. Se não me engano, foi Douglas quem perdeu um gol feito, num rebote do goleiro Aranha, nos estertores dos primeiros 45 min.

Intervalo.

E logo aos 12 da segunda etapa, um contra-ataque fulminante acabou em cruzamento do lateral direito Cicinho (ex-Ponte Preta) e chute de primeira de Thiago Ribeiro. Golaço e 2 a 0.

Depois, o que vi foi um São Paulo apático, Muricy Ramalho com uma postura passiva, amuado, no banco de reservas. O Tricolor passou a exercer um “domínio territorial” (como se dizia antigamente) absolutamente estéril diante de um Santos bem postado, defensivo, mas ameaçador como uma cobra armando o bote.

E o bote final veio em outro contra-ataque, também com passe de Cicinho para o veterano Léo (que entrara no lugar do cansado Thiago Ribeiro) estufar as redes: 3 a 0. “Uh, tererê”, gritava a torcida alvinegra na Vila, assim como no gol de Dracena.

No Santos, os destaques foram justamente o lateral Cicinho, que apoiou muito bem e cumpriu a função defensiva, e Arouca, um gigante, que transfigura a equipe quando joga e está em forma, e volta aos poucos de um período em que se recuperou de lesão. Com ele, existe marcação competente e cobertura tantos dos laterais que avançam quanto dos buracos centrais. Impressionante o que joga esse Arouca.

E vi, com que prazer!, Claudinei Oliveira humilhar Muricy Ramalho na Vila Belmiro.

Em 6° lugar, o Peixe está a 5 pontos do G4 (36 pontos contra 41 do Atlético-PR). O São Paulo, em 16°, pode entrar na zona do rebaixamento se o Vasco vencer o Inter hoje (quinta) no Rio.

Enfim, foi o que vi. Santos 3 x 0 São Paulo. E de quebra ganhei aposta de um companheiro são-paulino de redação. Como dizia aquele personagem de Chico Anísio, o Coalhada: “Mas hein!”

E o Ganso? Hoje, uma nulidade.

Não posso deixar de encerrar dizendo que o Brasileirão de 2013 está muito chato, e a cada ano que passa cada vez mais chato. Me convenço mais e mais de que esse negócio de título por pontos corridos é pra inglês (europeu) ver. Adotou-se aqui pra copiar o “primeiro mundo” (complexo de vira-lata), todo mundo aplaudiu (“jornalistas esportivos” principalmente) e agora ficou esse negócio morno. E chato.


2 comentários:

carmem disse...

Ttambém vi, e "com que prazer!, Claudinei Oliveira humilhar Muricy Ramalho na Vila Belmiro."
Que delícia, saiu bufando o tal do Muricy. Não sou ingrata, ele nos levou a ganhar a Libertadores mas depois disso, o tal do Muricy só nos enrolou e deu um vexame histórico na final do mundial. Engodo.

Eduardo Maretti disse...

Discordo que "ele nos levou a ganhar a Libertadores". Como já disse em outros posts, acho que ele deu uma organizada na casa, que estava uma bagunça com o lamentável Adilson Batista, mas em 2011 o Santos tinha um baita time.

Foi o contrário: foi o Santos que o levou a ter uma Libertadores no currículo.

PS - republico o comentário porque ao publicar antes o gmail (blogger) estava logado em outra pessoa, e entrou com o logon dela obviamente...