Anselmo Cunha / Mídia NINJA
"Neblina de gás lacrimogênio nas ruas de Porto Alegre" (1°/09/2016)
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“Prometo manter, defender e cumprir a Constituição, observar
as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a
integridade e a independência do Brasil.”
A frase é do agora não mais interino presidente da
República, Michel Temer, ao tomar posse ontem, em cerimônia no Congresso
Nacional. É a mesma frase protocolar proclamada por todos os presidentes. Seja Castelo
Branco, seja Lula.
Mas na boca de Temer soa conforme a expressão usada por
Laymert Garcia dos Santos, na entrevista de ontem: "A palavra precisa com
relação ao que aconteceu com Dilma e o julgamento é: ignomínia” (leia aqui).
O professor Roberto Amaral, com quem também falei ontem, dia
31 de agosto de 2016, que vai ficar marcado como a data da ignomínia, disse: “Temer
não é um sujeito do processo histórico, não é um ator, é um mamulengo. Está aí
em função de uma contingência e uma necessidade”.
O professor Amaral disse mais: “Vemos o comportamento do
governo de São Paulo (de Geraldo Alckmin-PSDB). Vemos as notícias de repressão
às manifestações contra o golpe. Todas as aparências vão ser quebradas. Não há
mais necessidade de aparências”.
Em manifestação em São Paulo contra o golpe parlamentar na
noite do dia 31, a aluna da Universidade Federal do ABC Deborah Fabri, do Levante
Popular da Juventude, foi atingida por estilhaços de bomba e hoje se confirmou
que a jovem perdeu a visão do olho esquerdo.
Ao responder minha pergunta sobre que país espera a partir
de agora, Roberto Amaral disse: “Minha expectativa é de um país em conflito”.
E assim chegamos ao Admirável Brasil Novo.
Um comentário:
Nem teria mesmo como manter as aparências, está tudo escancarado. Mas isso não está sendo bem aceito pela comunidade internacional, não é bem assim como eles estão pensando.
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