Reprodução/Facebook
O deputado federal Jean Wyllys, do PSOL, está em Jerusalém. Por conta da viagem, que até o momento já foi tema de duas crônicas em sua página do Facebook, o parlamentar foi atacado por todo tipo de defensores ou supostos defensores da Palestina, indignados (ou supostamente indignados) com o fato de Wyllys ter “traído” suas bandeiras.
A estupidez e ignorância dessa gente, seu pensamentozinho binário
e intolerante, ilustram com perfeição aquilo que iniciei em post anterior para
questionar: “o que é ser de esquerda?”
As pessoas que atacam Wyllys e as que atacaram Caetano
Veloso porque ele tinha uma série de shows marcados em Israel, os quais não
cancelou mesmo com a pressão que sofreu, demonstram, na linguagem e nas
atitudes, a mesma intolerância raivosa característica dos mais virulentos
direitistas; confundem judeus com sionistas; confundem a sempre urgente defesa do
Estado da Palestina com a estúpida defesa da extinção de Israel.
Para estes supostos esquerdistas, a justiça anda ao lado da
intolerância. A mesma intolerância a qual dizem combater. Eles desconhecem Mahatma
Gandhi.
Para supostamente combater Benjamin Netanyahu, transformam-se
num negativo obscuro e sinistro de Benjamin Netanyahu. Para atacar os colonos
sionistas, vestem a túnica da intolerância maniqueísta.
Desconhecem a cultura, a arte e a dialética. Ignoram as orações.
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Desconhecem a cultura, a arte e a dialética. Ignoram as orações.
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Vejam alguns dos comentários desses autoproclamados
esquerdistas defensores da Palestina na página de Jean Wyllys (mantenho as
citações integralmente, com erros e tudo, e não vou citar os nomes):
– O deputado federal do PSOL, Jean Wyllys, parece ter
esquecido da sua narrativa pró-direitos humanos e acabou indo à #Israel para ironicamente palestrar sobre temas
como “racismo, homofobia, antissemitismo e outras formas de ódio e preconceito
e suas relações com a política contemporânea.
– eu sugiro que vc aprenda a debater antes de viajar pra
envergonhar ainda mais o nome do Brasil.
– Os assessores pagaram suas despesas para acompanhar o Sr.
JW ....ilustre palestrante e "entendido" em assuntos
homossexuais.......kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk....me engana que eu
gosto........além de tudo é mentiroso...!!!!
– Vc a bem da verdade conta com os votos ‘úteis’ do LGBT,
nada contra. Mas é muito cinismo e oportunismi ficar comodamente "
escorado" nos teus eleitores LGBT! Covardia é teu pseudônimo. Alce novos
voos se tiver coragem e capacidade. No mais, um mero oportunista global. VSF!
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Citei acima apenas alguns dos comentários, de gente de “esquerda”.
Obviamente, há vários comentários sionistas, que prefiro deixar por lá mesmo.
A assessoria de comunicação do deputado comentou a enxurrada
de ataques: “Os extremistas de direita e os extremistas de esquerda não
gostaram. E se uniram nas críticas. Fazer o quê?”
Acho muito apropriado o termo “se uniram nas críticas”.
É fato que Jean Wyllys, diga-se, não demonstra ser nenhum entendido de assuntos do Oriente Médio, e cometeu inclusive uma feia gafe. "É possível repudiar o terrorismo do Hamas e os crimes de Netanyahu, ser a favor do reconhecimento do estado palestino e do direito a existir do estado de Israel e almejar a paz e a coexistência entre ambos os povos", escreveu, em mal construída tentativa conciliatória. Como lembrou o site Sul 21: "Ele (Wyllys) também cita o Hamas, grupo que comanda a Faixa de Gaza, definindo-o como um grupo terrorista, porém o Brasil, como país, não o considera como tal." Wyllys deve ser cobrado por tal asneira. Mas a tolice não justifica a intolerância contra ele.
É fato que Jean Wyllys, diga-se, não demonstra ser nenhum entendido de assuntos do Oriente Médio, e cometeu inclusive uma feia gafe. "É possível repudiar o terrorismo do Hamas e os crimes de Netanyahu, ser a favor do reconhecimento do estado palestino e do direito a existir do estado de Israel e almejar a paz e a coexistência entre ambos os povos", escreveu, em mal construída tentativa conciliatória. Como lembrou o site Sul 21: "Ele (Wyllys) também cita o Hamas, grupo que comanda a Faixa de Gaza, definindo-o como um grupo terrorista, porém o Brasil, como país, não o considera como tal." Wyllys deve ser cobrado por tal asneira. Mas a tolice não justifica a intolerância contra ele.
Por fim, fico muito à vontade para comentar o tema, já que
meu posicionamento sobre a Palestina e tudo o que envolve o massacre do povo
palestino é e sempre foi muito claro, como mostram os posts abaixo.
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