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As manifestações que aconteceram em algumas cidades
brasileiras durante pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff foram
orquestradas para impedir o alcance da mensagem, mas fracassaram em seus
objetivos. A avaliação é do secretário
nacional de Comunicação do PT, José Américo Dias, e do vice-presidente e coordenador das redes sociais da legenda,
Alberto Cantalice.
A comprovação do curto alcance do protesto veio pelas
próprias redes. A hashtag #DilmadaMulher, em apoio à presidenta, tornou-se uma
das mais usadas pelos internautas e entrou
para o trending topics do Twitter, durante a fala da presidenta em
cadeia nacional de rádio e tevê.
O chamado “panelaço”, realizado por moradores de bairros de
classe média , como Águas Claras
(DF), Morumbi e Vila Mariana, em São
Paulo, e Ipanema, no Rio, foram mobilizados durante o final de semana por meio
das redes sociais, conforme monitoramentos do PT.
“Tem circulado clipes eletrônicos sofisticados nas redes, o
que indica a presença e o financiamento de partidos de oposição a essa
mobilização”, afirma José Américo.
“Mas foi um movimento restrito que não se ampliou como
queriam seus organizadores”, completa.
O secretário avalia que apesar da intensa convocação e dos
investimentos na divulgação do protesto, a mobilização não repercutiu nas áreas
populares e perdeu o alcance.
Para Cantalice, a movimentação via internet tem ligações com
outras reações ao governo, oriundas de setores que pretendem um golpe contra a
atual gestão.
“Existe uma orquestração com viés golpista que parte
principalmente dos setores da burguesia e da classe média alta”, define o
vice-presidente.
Ele avalia que essas reações
são semelhantes às que estimularam as chamada “Marchas da Família”, com o apoio da grande
mídia, e se tornaram os baluartes do golpe que derrubou o presidente João
Goulart.
“Hoje, reciclados, investem em novas formas de atuação
buscando galvanizar os setores populares”.
O protesto dos moradores de áreas nobres foi ironizado na
internet. O perfil do Facebook “Sem Panelaço” publicou levantamento no qual
mostra que a manifestação se restringiu a poucos bairros de regiões ricas da
capital paulista.
No Twitter, o panelaço virou piada. “Minha amiga agora: Aqui
no Nordeste, nenhum panelaço. Acho que é porque não tem mais panela vazia por
aqui”, postou Camila Moreno em seu microblog.
Ajustes - Durante pronunciamento em homenagem ao Dia
Internacional das Mulheres, a presidenta Dilma defendeu o ajuste fiscal, que vem sendo implementado
pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Ela atribuiu a necessidade de ajustes à persistência da
crise internacional e aos efeitos da seca que afeta as regiões Nordeste e
Sudeste, tranquilizou a população e negou que o País viva um crise nas
“dimensões que dizem alguns”.
Da Agência PT de Notícias
Da Agência PT de Notícias
Um comentário:
Esse panelaço foi um teatro, uma farsa montada com o intuito de espalhar a ideia de que a massa é quase unânime em dizer que não aguenta mais tanto desmando e que não vai mais aturar corrupção, mentiras e descasos de políticos (no caso, os do PT, claro). O problema é a orquestração da mídia em torno desse como de outros casos, independentemente de serem trucados ou não. Era só meia dúzia de gato pingado, mas que foi filmada pela TV, que por sua vez transformou um acontecimento isolado em uma peste espalhada às vésperas do tal dia 15 de março, e num momento em que a direita quer o apoio massivo da população em torno do tal Impeachment, já que, formalmente, ele não tem sentido. Querem virar o 'jogo' das eleições no tapetão, como disse Celso Antonio Bandeira de Mello. Ninguém sabe o destino de tudo isso, mas acho que o governo da Dilma está muito estático. Já devia, anos atrás, ter falado abertamente com o povo sobre o dito mensalão e sobre tudo que assombra este país. Tem que jogar agora no vai-ou-racha. Tem que ser um Hugo Chavez, que deixou o poder só depois de morto. Aliás, os Estados Unidos estão investindo pesado no Brasil, como na Venezuela, na Ucrânia e em outros tantos sítios. Eles querem dominar o mundo, e quem sabe o que mais...
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