Cavalieri, do Flu |
Já os paulistas... Creio que, entre os gigantes de São Paulo, o Santos tem o melhor goleiro, e não digo isso por ser santista. Pelo contrário, às vezes a gente tende a ser mais crítico e exigente com o nosso time do que com os outros. Vai abaixo uma análise impressionista sobre os arqueiros de São Paulo, que atuam na posição tão ingrata que nem grama cresce onde eles pisam...
Foto: Ricardo Saibun/SFC |
O goleiro tem muito reflexo. “Ué, mas goleiro tem mesmo que ter reflexo”, alguém poderia dizer. É verdade, mas muitos acabam dançando justamente por não ter. Rafael tem outra virtude: sai bem da meta e é corajoso, quando a bola vem pelo chão.
O problema é que em bolas aéreas costuma errar mais do que se espera de um grande goleiro. Seu reserva, Aranha, demonstra condições de substituí-lo, parece melhor contra a “artilharia aérea”. Mas ele só será o camisa 1 se o Santos negociar o titular, o que não vale a pena, pois este é muito mais jovem.
Em resumo, o Santos não está mal servido de goleiro. Como guarda-metas, Rafael está aquém, claro, das três lendas da história santista: Gilmar, Cejas e Rodolfo Rodrigues. Para mim ele está emparelhado com Fábio Costa (que, diga-se, felizmente escapou da morte em acidente de carro na Rio-Santos, ontem). Fábio tem três títulos com a camisa alvinegra (Brasileiro de 2002 e paulistas de 2006 e 2007) e acho que merecia um fim de carreira mais digno.
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Goleiro falha contra Ponte Preta |
Curioso que a falha do arqueiro naquele jogo (reposição errada e gol de presente) foi muito parecida com a que originou um dos gols da Ponte Preta nas quartas-de-final do Paulistão deste ano, quando o time deu adeus ao título paulista. Fora o frango de falta, no mesmo duelo, que terminou 3 a 2 para a Macaca. Quer dizer, Júlio César fraqueja em horas decisivas. No tênis, diríamos: tem cabeça fraca.
Já seu substituto, Cássio, começou bem, salvou o time de perder para o Vasco na Libertadores, mas é cedo para fazer uma avaliação. Parece inseguro e indeciso em bolas altas e ainda não passou por uma prova de fogo.
Palmeiras (Bruno e Deola) - Uma das grandes escolas de goleiros do país – tradição que não se sabe se será mantida – o Alviverde sofre com goleiros inseguros e que vivem sob a sombra de Marcos, um dos maiores da história do país, que se aposentou recentemente.
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Marcos já é lenda |
A ironia é que o ótimo Diego Cavalieri, revelado na Academia, foi negociado com o Liverpool, pois nunca seria titular com Marcos, e agora arrasa no Fluminense, enquanto o Palmeiras padece. Leia também: Marcos deixa os gramados e entra para a história.
Wagner Carmo/ Inovafoto - Vipcomm
Ceni: mito |
Dênis – pelo que já pude ver – tem grande reflexo. Mas já tem no currículo uma falha grotesca em decisão: na eliminação das semifinais do Paulistão, pelo Santos. A partida estava 2 a 1 para o Peixe, e, quando o Tricolor ia para o abafa, Neymar chutou de fora da área e o arqueiro ficou com as penas do frango nas mãos. É aquela coisa: é em jogos decisivos que um grande goleiro faz história. Goleiro falha, é a posição mais ingrata do futebol. Mas falhar em decisão queima a carreira.
Um grande goleiro não precisa ser espetaculoso. Tem um episódio (contado pelo Júnior, acho) do grande Flamengo de Zico, Júnior, Andrade, Leandro e companhia. Diz que, num certo jogo, o ótimo goleiro Raul levou uma bola no ângulo, e ficou parado. O apelido de Raul Plassmann era “Velho”, pela idade. Zico esbravejou: “Pô, Velho, vai na bola pelo menos! Se for pra ir só nas fáceis, jogo eu no gol”. E Raul respondeu: “Para quê ir se não vou pegar?”
Digo isso porque Rogério Ceni, como Raul, nunca foi um goleiro de dar show, voando espetacularmente em bolas fáceis ou indefensáveis, como era o ex-corintiano Dida, por exemplo. Ceni nunca precisou disso.
6 comentários:
O Rogério também tem em seu currículo falhas em momentos decisivos e contra arqui-rivais. Só um tricolor muito hipócrita para não admitir que aquele frangaço frente ao Corinthians, que coroou o massacre no Pacaembu no ano passado, vai ficar na memória do são-paulino por muito tempo.
Mas é aquela coisa: o cara é ídolo, caiu nas graças da torcida, fez história no clube. Nessas condições, não há falha que não se dilua. Como o Marcão do Palmeiras, que saiu catando borboleta na final do mundial contra o Manchester e mesmo assim foi canonizado na Academia.
Mas acho o Rogério um goleiro bem instável. E esta não é uma crítica motivada pela antipatia que desperta o ídolo são-paulino nos torcedores rivais (no que tenho certeza que palmeirenses e santistas devem concordar).
Sobre o Júlio (chester - hehehe), nem falar. Defendi ele aqui no blog. Não concordo em fritura. Mas ele já prejudicou demais o Corinthians. Não podemos esquecer que as lambanças naquele jogo contra o Goiás em 2010 nos colocou na pré-libertadores de 2011, quando fomos devidamente "toliminados"... rsrs.
Discordo em relação ao Cássio, Edu. É um goleiro experiente, tarimbado, e passou por uma prova de fogo vestindo a camisa do Corinthians sim. Aquele jogo dramático contra o Vasco foi uma tremenda prova de fogo. E ele não teve nenhuma falha capital. E ainda fez uma defesa heróica. Posso concordar que às vezes ele sai do gol meio estranho, mas não acho que isso se deva à insegurança. Talvez seja um fundamento que ele precisa treinar mais. O Mauri está lá pra isso. rsrs
Acho que precisa jogar mais tempo, mas faz tempo que não sentia tanta confiança num goleiro corintiano.
Dos quatro grandes de SP eu não convocaria nenhum. E este nenhum inclui aqueles que até recentemente eram titulares: Julio Chester, Rogério Ceni e Marcos.
O Rafael não é mau boleiro, mas o Jefferson, o Cavalieri e o Prass, que eu também acho um "craque", estão acima.
É duro admitir isso para nós paulistas, mas a verdade é que os quatro times do RJ estão melhor servidos de goleiros se compararmos com os quatro grandes daqui.
Hoje não tive tempo nem de pensar no blog, mas o Rafael fez uma partidaça ontem pela seleção do Mané Menezes contra os estadunidenses, hein?
Se eu fosse o técnico da seleção brasileira, convocaria Cavalieri, Rafael e Jefferson. E assim punha fim à era Júlio César, aquele cafa da Inter de Milão.
O Rogério Ceni é insuportavelmente incontestável. Foi o maior jogador da história bambaulina. Marcos foi monstro, talvez dos maiores da história do Parmera. Ele falhou na final mas levou o time até lá, arregaçando na Libertadores. No Peixe, pode deixar o Rafael lá, ele é pé-quente. E contra pé-quente não há argumentos. Quem sabe ele reza mesmo!
No Curíntia, acho o Júlio Cesar um excelente goleiro, se eu fosse o Tite, ele era titular absoluto contra o Peixe.
o maior jogador da história bambaulina... kkkk mto bom...
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