quarta-feira, 4 de maio de 2011

Jornalista sequestrada pela polícia síria continua desaparecida

A jornalista Dorothy Parvaz, da rede Al Jazeera, desapareceu depois de desembarcar em Damasco na última sexta-feira. Ela havia viajado de Doha, capital do Catar, para cobrir os conflitos na Síria.

A Al Jazeera (English) pediu a imediata liberação da jornalista depois que oficiais sírios confirmaram sua detenção, seis dias depois de seu desaparecimento. Anteontem, o ministro do Exterior iraniano, Ali Akbar Salehi, pediu às autoridades de Damasco, em uma coletiva em Doha, que dessem atenção ao caso.

Imagem no site da Al Jazeera

Antes da certeza de que Dorothy, cidadã americana, canadense e iraniana, estava com autoridades sírias, Mohamed Abdel Dayem, Coordenador do Programa no Comitê para a Proteção dos Jornalistas no Oriente Médio e Norte da África (CPJ), afirmou que havia "fortes indícios" de ela tinha sido presa no aeroporto de Damasco ao desembarcar. "A provável prisão de Dorothy é apenas o último episódio de um esforço do governo sírio para instituir um 'apagão' na mídia", disse.

"Sem precedentes"

Há duas semanas, Dayem informou que o número de ataques contra profissionais de imprensa no Oriente Médio e norte da África desde o início deste ano é "sem precedentes".

Segundo ele, 14 jornalistas foram mortos em todo o mundo este ano. Dez deles no Oriente Médio e norte da África. Detenções, destruições de equipamentos e ameaças de morte são usadas para intimidar os profissionais.

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