domingo, 12 de junho de 2011

Cruzeiro 1 x 1 Santos, em Minas, foi um bom aperitivo para a final da Libertadores







Num jogo que variou de tecnicamente fraco e sonolento no primeiro tempo para um pouco mais agitado no segundo, o Cruzeiro de Cuca, prestes a acordar desempregado, não passou do 1 a 1 na Arena do Jacaré contra os 11 reservas do Santos.

Nas circunstâncias, claro que o “volume de jogo” da Raposa foi dominante diante do adversário fragilizado. Isso sem falar que toda a nação santista – dos jogadores mais identificados com as cores da bandeira alvinegra (Neymar, Léo, Elano) até o anônimo da arquibancada – só pensa na final com o Peñarol.

Aranha: grande atuação

Com tudo isso, parecia que a má sorte também conspirava contra o Peixe: com o jogo ainda 0 a 0, o time paulista perdeu o zagueiro Vinícius Simon, expulso, a 4 min do segundo tempo, e sofreu um gol de pênalti (indiscutível) cometido pelo jovem zagueiro santista Wallace, reserva do reserva, aos 9. E parecia questão de tempo para o Cruzeiro matar o jogo, fazendo 2 ou 3 a zero. Mas o time mineiro não teve tranqüilidade e ainda esbarrou na ótima atuação do goleiro Aranha, que desde o primeiro tempo fez várias defesas importantes e, ao fim e ao cabo, impediu a vitória cruzeirense.

Borges

A bola parada da qual o Santos tanto precisava – e que Muricy tanto gosta e treina - apareceu duas vezes nos minutos finais. Aos 40, bola alçada na grande área encontrou Borges livre e o artilheiro mandou para as redes. Mas o bandeirinha anulou o gol dando impedimento, inexistente. Gol legal anulado.

Mas, aos 44, a equipe de Cuca recebeu o castigo que mereceu. Pablo fez falta desclassificante em Alex Sandro, um carrinho lateral que não lhe rendeu cartão vermelho porque o árbitro Marcelo de Lima Henrique (RJ) não quis, e tomou só amarelo. Felipe Anderson, o jovem meia de 17 anos, da base, que promete ser no mínimo o sucessor de Alan Patrick (que infelizmente está de saída para o Shakhtar Donetsk da Ucrânia), alçou a bola venenosa para a área e Borges, por trás da zaga mal colocada, mandou para as redes de cabeça. 1 a 1, empate com sabor de vitória para o Santos, e de derrota para o Cruzeiro, time que cansei de ver importantes críticos da “crônica esportiva” considerarem há pouco tempo “o melhor time do Brasil” e “favorito à Libertadores”, mas que no primeiro semestre mostrou ser apenas o melhor time de Minas Gerais, e olha lá.

Como as partidas do Santos contra o Corinthians e América-MG foram adiadas pela CBF, já que o Alvinegro disputa a final da Libertadores dias 15 e 22, o Peixe (hoje com 5 pontos) só volta a atuar pelo Brasileiro dia 29 de junho, contra o Figueirense, em Floripa.

São Paulo

Digno de nota é a vitória por 3 a 1 do São Paulo de Paulo Cesar Carpegiani sobre o Grêmio de Renato Gaúcho, o quarto triunfo são-paulino nas quatro primeiras rodadas do Brasileirão, o que deixa o time do Morumbi com a liderança absoluta e isolada da competição, com 12 pontos. Acho que nem o mais otimista são-paulino esperava tanto.

Atualizado à 01:33

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