quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Vaticano diz que confessar pelo iPhone nem pensar

Muitos, até o Homer Simpson, já tiveram o desprazer de confessar. Uma das situações mais hipócritas e constrangedoras pelas quais se pode passar e que enfrentei uma vez na vida, quando fiz a primeira comunhão (antigamente a primeira comunhão era muitíssimo comum).

Até Homer Simpson já confessou
Agora a tecnologia adentra os rituais da fé católica. Ou melhor, tenta adentrar, como uma verdadeira tentação, com o perdão do trocadilho. É que foi lançado um aplicativo para iPhone chamado “Confession: A Roman Catholic”, um guia para os usuários que queiram se purificar pelo sacramento da confissão. O aplicativo dá ao fiel a possibilidade de registrar seus pecados, auxiliando o pecador e o padre.

Pelo que entendi (eu que sou leigo em tecnologia), fica mais difícil o pecador esquecer os pecados, cabeludos ou não, já que se pode registrar tudo. Só que o tal aplicativo já causou rebuliço no Vaticano, o que é natural, pois se lá no santo Estado é difícil admitir até mesmo o uso de um produto pré-tecnológico, uma simples camisinha, imaginem um aparelhinho diabólico como esse.

O Vaticano não ficou nem um pouco satisfeito. Não ficou, não. Tanto que seu porta-voz oficial, padre Federico Lombardi, segundo matéria da Reuters, se apressou em dizer que “não se pode falar de forma alguma de confessar pelo iPhone". Em outras palavras, os católicos não podem fazer suas confissões sem a presença física do padre, enfatizou Lombardi.

Se você xingou a mãe, pensou coisas escabrosas sobre a mulher do vizinho, mentiu para todo mundo, não adianta fugir para o iPhone. Só pessoalmente o padre pode dizer quantos Pais Nossos e Aves Marias você terá de rezar para se purificar, internauta pecador.

Atualizado às 20:30
Publicado originalmente às 18:02

4 comentários:

Mary Jo Zilveti disse...

Edu,seu texto, como sempre, está sensacional. Esse vaticano deveria arder em chamas virtuais. Só gargalhando, meu caro. Eu ri feito uma desalmada depois de ler teu texto. Beijos em você e na Carminha.

Mari-Jô Zilveti

Paulo M disse...

Qual o e-mail de deus? Vou falar com ele!! Já chega dessa palhaçada! he he.

Eduardo Maretti disse...

Brigado, Marijô. Se tem uma coisa que me faz feliz é provocar gargalhadas, principalmente quando quem gargalha é uma criatura desalmada. Me sinto realizado, sabe? Mesmo se não rola uma gargalhada, uma humilde risadinha já tá bom!

E, caro Paulo, depois de gargalhar com teu comentário, refleti um pouco e acho que só mesmo o WikiLeaks pode te (ou nos) passar o e-mail de Deus. Aguardemos, pois!

alexandre disse...

Ô, dá um toque, beleza? Tô nessa.