Fotos: Reprodução
Muita gente, com razão, ficou indignada com o que disse Pelé, o “rei” do futebol, no dia 7 (segunda-feira), sobre o acidente que matou um jovem de 23 anos nas obras do Itaquerão dias antes, fatalidade abafada pelas autoridades responsáveis pela construção do estádio e pela realização da Copa do Mundo. Pelé falou literalmente o seguinte:
“O que aconteceu no Itaquerão, o acidente, isso é normal, é
coisa da vida, pode acontecer, foi um acidente, morreu, isso aí não acredito
que assuste. Mas a maneira que está sendo administrado a entrada e saída de
aeroporto e turista no Brasil, eu acho que isso é uma coisa que tá preocupando.”
Isso foi mote pra uma discussão com amigos por e-mail (o
velho, bom e esquecido e-mail nesses tempos de redes sociais). Lá pelas tantas,
inevitavelmente, surgiu no debate o nome de Maradona, como é comum acontecer. A
dicotomia Pelé x Maradona, que começou no futebol, acabou transcendendo o
esporte.
É indiscutível que Pelé foi mais jogador que Maradona. Mas o
argentino foi o segundo maior da história. Já como pessoa, homem e cidadão, também
é indiscutível que o hermano dá de 10 a 0 no brasileiro, seja como ser político
(o que reflete o grau de politização muito maior dos argentinos em relação aos
brasileiros), seja como figura humana, o que a amiga Tania Lima, na troca de
e-mails acima referida, tão bem definiu: “Maradona, apesar dos percalços, e
talvez principalmente pelos percalços, deixa-nos enxergar que existe ali uma
figura humana”.
E chegando ao fim desta livre-associação de sexta-feira,
convido-os a ver o trecho (de 2’42”) do documentário Maradona by Kusturica
(2008), do diretor de cinema sérvio Emir Kusturica, que mostra uma “canja” do músico
parisiense Manu Chao com sua linda canção “La Vida Tombola”, que compôs justamente
inspirado em Maradona:
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