domingo, 21 de outubro de 2012

O comício de Fernando Haddad (com Lula e Dilma) na Portuguesa


Mais do que ficar falando, reproduzo abaixo algumas aspas do comício do candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, na companhia da presidente Dilma Rousseff e do presidente Lula, no ginásio da Portuguesa de Desportos, realizado no início da noite deste sábado, 20 de outubro, no qual eu estava profissionalmente.


                                                                Paulo Pinto/Divulgação
Dilma, Haddad e Lula em comício no ginásio da Portuguesa


Fernando Haddad:

- Muitos analistas políticos disseram que não estaríamos no segundo turno. Nós não só estamos no segundo turno, como temos chances concretas de ganhar a eleição. Só não podemos cometer um erro, que é o erro de achar que a eleição está ganha uma semana antes. É o único erro que nós não podemos cometer. Porque agora temos um adversário que entra em campo na última semana. É a mentira (...). É preciso fazer um trabalho na última semana casa a casa, parente a parente, para não deixar a mentira corroer o trabalho que fazemos desde janeiro.


Presidente Lula:

Sobre Haddad:

- Nós vivemos o momento mais importante da história de uma candidatura do PT aqui em São Paulo. O fenômeno que está acontecendo com este companheiro é mais importante do que aconteceu com a Marta quando ganhou, do que aconteceu com a Erundina, porque este companheiro, no conceito dos adversários, era apenas um poste. Mas eles esqueceram que o transformador pra fazer esse poste iluminar São Paulo é o povo da cidade de São Paulo.


Sobre José Serra:

- Jurava amor ao povo da Mooca, jurava amor ao povo de São Paulo. Ele não esperou a primeira enchente e caiu fora pra ser candidato a governador. Tem uma sede de poder inigualável.

- [Serra] Voltar a querer ser prefeito de São Paulo é achar que o povo é tonto.

- Daqui a pouco ele vai aparecer babando de ódio na televisão. Mas não tem que dar resposta a ele, tem que dar resposta ao povo de São Paulo.

Devia ficar quieto e disputar com essa aqui [dirigindo-se a Dilma] em 2014, ou tentar em 2018, em 2030, 2040.


Sobre FHC:

- Em 1985 sentou na cadeira de prefeito antes de ganhar as eleições. Sentou na cadeira, tirou foto e no dia que abriu as urnas o prefeito era o Jânio.


Presidente Dilma Rousseff:

Sobre o baixo nível de Serra:

- O que Haddad está passando eu passei na minha eleição.

- Os argumentos que foram usados contra mim são muito parecidos com os que estão sendo usados, sorrateiramente, às vezes, contra o Fernando Haddad.

- Durante toda a campanha presidencial, disseram primeiro que eu era um poste. Depois disseram que eu não tinha competência para governar. Usaram todos os argumentos contra mim. A mesma campanha de baixo nível que fizeram contra mim, fizeram contra Haddad.


Marta Suplicy (ministra da Cultura):

- Vamos democratizar a cultura. Vamos levar cultura à periferia.


Gabriel Chalita (candidato derrotado do PMDB à prefeitura de São Paulo):

- É muito bom estar nessa campanha. É muito bom estar com o presidente Lula. É muito bom estar com essas pessoas que têm sensibilidade social.


Michel Temer (presidente do PMDB e vice-presidente da República):

- Haddad será o novo prefeito de São Paulo no próximo domingo.

4 comentários:

Felipe Cabañas da Silva disse...

Cara, é impressionante, a campanha do Serra não tem uma só propaganda afirmativa, de propostas, projetos, IDEIAS para a cidade e a população: é só destruição, destruição e mais destruição. É só ataque apelativo contra: ENEM, "kit gay", inexperiência, mensalão, etc, etc, etc. É só lama. Ele quer conquistar "o povo", mas como um bom tucano elitista acha que o povo vive na lama e só entende a linguagem da lama. Nada mais estúpido. Tudo indica que quem vai terminar na lama é ele.

Até o Fernando Henrique deu declarações públicas lamentando a guinada conservadora do discurso e da campanha serristas - que envolvem o PSDB, partido associado estreitamente com a figura de FHC. Isso não deixa de ser sintomático... Se se confirmar a derrota nas urnas, não vejo como o Serra sustentar sua permanência no PSDB. Vai pra uma guinada conservadora definitiva e migrará para o PSD. Com certeza, suas chances de ser presidente da República vão chegar perto de zero.

Eduardo Maretti disse...

Acho que eleitoralmente (considerando apenas as eleições majoritárias para cargos executivos) o Serra está acabado. Ele pode ser deputado federal ou senador, mas não mais do que isso.

Felipe Cabañas da Silva disse...

Pois é. Mas Serra vai ficar satisfeito com uma cadeira no legislativo? Acho difícil. Mas talvez ele perceba que é isso ou nada - principalmente porque ele divide, não une, e muitos quadros importantes do PSDB são hoje seus desafetos declarados. É o caso, principalmente, de Alckmin (que só entra na campanha de corpo e alma porque sabe que o Serra prefeito significa Serra fora do caminho nas próximas presidenciais) e Aécio Neves (esse já não é mais desafeto, é inimigo declarado), só os dois tucanos hoje mais "cacifados" para qualquer disputa de sucessão presidencial. Fora os desafetos importantes de outros partidos, como Gabriel Chalita, por exemplo, cujo apoio no segundo turno tem sido muito importante e daria mais fôlego à candidatura tucana. No fim das contas, Serra vai ficando isolado com Kassab e Soninha - nossa, aliados fantásticos! rsrs

Felipe Cabañas da Silva disse...

PS: Esta última, por sinal, protagonizou o fato mais baixo da campanha até agora, chamou Haddad de filho da puta no Twitter e depois apagou. Mas o fato ganhou repercurssão mesmo assim, e foi reprovado até pelos analistas mais conservadores que andam aí pelos jornais. Triste!