sexta-feira, 11 de março de 2011

Santos F.C. coloca novo estatuto em votação para entrar no século XXI

Os sócios do Santos Futebol Clube votam neste sábado, 12, das 10h às 18h, o novo Estatuto Social do Clube. Embora este termo já tenha sido usado em outros sites, a verdade é que o estatuto é de fato revolucionário no contexto do futebol brasileiro, dominado em grande parte por modelos de cartolagem da “idade da pedra", digamos assim. O documento, aliás, varre da história do clube o tipo de gestão ave de rapina do antigo presidente Marcelo Teixeira.


Foto: Edu Maretti

Confira abaixo alguns dos principais pontos que os sócios poderão aprovar:

- A Vila Belmiro terá o endereço “Rua Princesa Isabel, s/nº” em vez de possuir o número “77”, adotado na administração anterior;

- A sede do Clube não poderá ser alterada de Santos. No Estatuto atual, ela pode ser transferida;

- Haverá as Embaixadas do Peixe, representações dos sócios do Clube com, no mínimo, 100 integrantes, em qualquer local. Nelas serão realizadas campanhas sociais, captação de novos associados, entre outros;

- O Peixe terá definido o uniforme branco como o principal da equipe. O Estatuto atual não define nenhum uniforme como o principal;

- O órgão executivo do Clube será o Comitê de Gestão, formado por um presidente e um vice, eleitos em Assembleia Geral. Os eleitos escolherão sete pessoas, que atuarão no Comitê como diretores;

- O mandato do Comitê de Gestão e do Conselho Deliberativo será de três anos;

- Só será possível uma reeleição;

- Para participar de votações, os sócios precisarão ter um ano de associação. Atualmente, são necessários três anos;

- Se decidido pelo Conselho, as eleições também poderão ser realizadas por correio ou internet;

- O Clube deverá divulgar o balanço financeiro a cada três meses;

- Os dirigentes do Santos FC não poderão emprestar dinheiro ao Clube (uma praga na gestão de Marcelo Teixeira);

- Para adiantar receita da próxima administração, o presidente deverá pedir autorização para o Conselho Deliberativo. Hoje não há impedimento para tal;

- A administração só poderá gerar dívidas de até 10% da receita. Para ultrapassar essa marca, será necessária a aprovação do Conselho Fiscal e do Conselho Deliberativo;

- O Futebol Profissional não poderá ter verba maior que 85% do orçamento total. Dessa porcentagem, pelo menos 10% deverão ser repassadas ao Futebol Amador. Os esportes olímpicos e amadores deverão ter pelo menos 1% do orçamento total de cada ano.

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