sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

O preço do petróleo, Estados Unidos, Rússia, o Brasil e o fusca do Mujica



Ou: peças de um quebra-cabeça


Roberto Stuckert Filho/PR
Dilma cumprimenta Putin em reunião de cúpula dos Brics (22/11/2014)

A crise do preço do petróleo, que tem queda violenta e chega a 60 dólares esta semana é uma pancada considerável em países como Rússia, Venezuela e Irã. Principalmente para a Rússia.

Por incrível que pareça, a desvalorização do preço do petróleo pode favorecer o Brasil. Por quê? Porque pode reduzir o déficit que o país e a Petrobras assumiram ao manter artificialmente o preço do óleo abaixo do mercado internacional em tempos recentes. E porque o Brasil importa muito petróleo, ainda, embora tenha reservas enormes.

Para a Rússia, a situação é catastrófica. Cito matéria da Agência EFE:

"Como gás e óleo respondem por cerca de 75% das exportações russas, teme-se que o país perca condições de gerar divisas necessárias para cumprimento de seus compromissos comerciais e financeiros com o exterior.

O petróleo caiu devido a uma decisão unilateral da Arábia Saudita — maior exportador mundial do combustível e principal aliado dos EUA no Oriente Médio, ao lado de Israel."  

Leia a matéria da Agência EFE neste linkPutin afirma que EUA querem fazer da Rússia um 'troféu de caça'

Fecho aspas.

De outro lado, o restabelecimento das relações entre os Estados Unidos de Barack Obama e a Cuba de Raúl Castro, e a muito pouco divulgada, em nossas plagas, aproximação visível da Rússia com a Argentina.

O Brasil ao lado de Rússia, Índia, China e África do Sul nos Brics.

As poderosas Alemanha e China em estratégico silêncio.

E, no Leste, a preocupante situação na Ucrânia, sob um governo neofascista com apoio das potências ocidentais, Estados Unidos da América à frente.

O mundo é uma panela de pressão.

Enquanto isso, aqui na terrinha a galera está encantada com as sandálias e o fusca do Mujica.

Um comentário:

Unknown disse...

Pois é ... e assim caminha a mente do brasileiro ...