Veja vídeo abaixo
O relatório de Molon prevê a chamada “neutralidade da rede”,
que o lobby das gigantes das telecomunicações querem derrubar. O que é isso? Hoje,
você acessa internet e navega livremente, vê vídeos do YouTube de graça, e
todos -- ricos, pobres e remediados -- têm o mesmo direito de ver o que
quiserem. Se as empresas vencerem e não houver a neutralidade, quem tem mais
dinheiro poderá literalmente “pagar para ver”, comprar pacotes melhores, ter
direito de acessar vídeos do YouTube, por exemplo. Quem não tem dinheiro, ficará a ver navios.
Molon fez um discurso veemente e esclarecedor hoje no
plenário da Câmara a favor da internet livre e contra os que defendem que só
tenha acesso à Web quem puder pagar pacotes, como é hoje a TV a cabo. Sim,
pessoal, a internet pode virar isso que é o mercado de TV a cabo.
O discurso está abaixo e gostaria que vocês ouvissem, pois é
muito esclarecedor. Para evitar o blá-blá-blá inicial, comecem a assistir a 1’25”
(1 minuto e 25).
Diz Molon no discurso:
“É disso que se trata:: hoje, qualquer pessoa que tenha acesso à internet escolhe o que vai acessar: baixar uma foto, mandar um e-mail, assistir a um vídeo. Se a neutralidade for quebrada, os vídeos, mesmo os vídeos do YouTube, ou qualquer outro, só poderão ser acessados por quem puder pagar por eles."
“Rejeitar o marco civil... significa excluir, tirar os
pobres da internet e a internet dos pobres. A classe média brasileira, que não
conseguirá arcar com 500, 600 reais para assistir vídeos no YouTube, que hoje é
gratuito.”
"Derrotar o Marco Civil e aprovar uma emenda aglutinativa que
acabe com a neutralidade significa tirar de 100 milhões de brasileiros o
direito a uma internet livre."
“O acesso à internet livre é um direito humano que
proporciona estudos às pessoas... Não é um projeto de governo ou de oposição,
mas do Brasil.”
“Quando decidirmos quando será o momento oportuno para o
debate, o Congresso terá de decidir se ficará do lado de 100 milhões de pessoas
ou contra elas, a favor da internet livre e neutra ou contra ela.”
Para assinar a petição online da Avaaz pelo Marco Civil, basta
clicar aqui (sugestão: quem não quiser ficar recebendo e-mails da Avaaz após a
assinar a petição, dê um e-mail alternativo, que seja verdadeiro, mas que você
não use muito ou não seja o seu principal.)
2 comentários:
Certamente não se trata de interesse financeiro, mas de veto à liberdade de informação e expressão. A elite mundial não mudou o que pensa desde as ditaduras pelo mundo durante o século 20. Mudou a estratégia apenas. Vamos entender os propósitos do grupo Bilderberg, do Council on Foreign Relations e do Inter-American Dialogue. Tudo estado-unidense, e tudo na surdina, diga-se de passagem. Não dá pra piscar mais.
Concordo, Paulo, que esses interesses podem estar interferindo nesses assuntos fortemente. Mas há interesses financeiros, e não poucos. O lobby das teles é gigantesco. As teles financiam campanhas de deputados e querem o pagamento. E o que está em jogo aqui é mais um mercado gigante, parecido ao da TV a cabo, controlado no Brasil por alguns grupos que cobram o que querem.
A internet cair na mão desses grupos será uma tragédia.
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