terça-feira, 18 de outubro de 2011

Lisboa, Nova York, Roma, Madrid... A indignação está em toda parte


A violência em Roma (não por acaso, o país governado por Berlusconi) e o movimento pacífico e impressionante em Portugal e Espanha no sábado, 15, estão aí para ser registrados e serão páginas da história contada no futuro. Os jovens e excluídos pelas leis do “mercado” reagem contra a opressão, principalmente no países cujas economias sucumbem. Os líderes? São os anônimos das redes sociais.

Muito sintomática a declaração do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, em Pequim, Liu Weimin: "Nós sentimos que existem questões levantadas por esse movimento que devem ser avaliadas". O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban ki-moon, afirmou: "Olhar apenas para os assuntos econômicos internos não dará respostas à essa crise econômica internacional, que é muito séria". Nesta segunda-feira, 17, completou-se um mês do início do movimento Occupy Wall Street.  

Veja alguns vídeos das manifestações dos indignados:

Reportagem e depoimentos em Portugal (manifestações em 15 de outubro)



Manifestação em Lisboa



Puerta del Sol - Madrid


Roma (70 feridos, três gravemente)


Times Square (Nova York) – 70 presos

Um comentário:

Paulo M disse...

A Dilma e o Mantega já alertaram pra que se tomem deciões rápidas e eficientes no Norte antes que a crise se alastre. Essas manifestações são o começo do imprevisível. Não dá pra saber no que pode resultar a crise na economia da Europa e dos EUA. Mas acho que não tem volta. Há sempre consequências políticas e sociais marcantes. O problema, como me disse o Tiago Borges, um amigo do trabalho, é que o conceito de Estado na Europa está mudando: ele não banca mais o social, simplesmente porque não tem dinheiro. A Europa sempre viveu às custas da boa vida que o Estado oferece à sociedade, e isso acabou. Vão ter de encontrar alternativas rapidinho, antes que o tiro do Facebook saia pela culatra. Espero não sermos atingidos por balas perdidas.