Vários blogs já deram esse curto trecho. Mas vale a pena como registro. Entrevistado pela Globo News, e após dizer que não acredita que haverá “um novo 11 de setembro”, o jornalista britânico Robert Fisk (um dos poucos que entrevistaram Osama bin Laden, e três vezes) afirmou o seguinte: "... acho que a máfia de São Paulo é um problema muito maior do que a Al Qaeda" (foi ao ar dia 9, segunda-feira).
Enigma: a que máfia ele estava se referindo?
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quarta-feira, 11 de maio de 2011
segunda-feira, 2 de maio de 2011
O que importa não é a morte de Bin Laden, mas a "primavera árabe", diz Robert Fisk

Nenhum cidadão que tenha o humanismo em seu horizonte pode concordar com o genocídio perpetrado por Bin Laden no atentado que parou o mundo em 11 de setembro de 2001. Mas, às indagações:
Considerando que ele esteja mesmo morto, morreu de fato na operação anunciada nesta madrugada? Por que exatamente neste momento, em que Barack Obama tanto precisava reconquistar a popularidade perdida e quando acaba de começar sua campanha de arrecadação para as eleições de 2012? Onde está o corpo do terrorista? (Uma foto que circulou com sua face dilacerada era apenas uma montagem e foi tirada do ar pelos sites mais sérios.) Desapareceu no mar? Como assim?
(Segundo a AFP, o presidente do Comitê de Segurança Interna do Senado americano, Joseph Lieberman, disse que "pode ser necessário liberar as fotos [do corpo] – por mais desagradáveis que sejam, e sem dúvida o são, já que ele foi baleado na cabeça – para pôr fim aos questionamentos de que isso seria apenas uma estratégia do governo americano".)
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Ataque às torres gêmeas |
Tantos otimistas que, como eu, saudaram a eleição de Obama em 2008 como tão simbolicamente importante, o primeiro homem negro a presidir os Estados Unidos etc, vimos paulatinamente apenas se confirmarem as vozes mais realistas: a voraz máquina de guerra americana é a mesma da era Bush (pai e filho), da era Clinton, da era Reagan. “Obama não pôde cumprir as promessas de reformas sociais, ambientais e econômicas pelas quais foi eleito, nem sequer fechar a prisão de Guantánamo, mas ao menos cumpriu uma promessa do governo anterior”, como escreveu Antonio Luiz M. C. Costa em Carta Capital sobre a morte do terrorista saudita, que, de aliado dos EUA no Afeganistão, tornou-se o maior inimigo do Império.
O mais sensato de vários depoimentos que li hoje sobre o episódio, do jornalista Robert Fisk, que entrevistou Osama Bin Laden três vezes, foi publicado na Revista Fórum online. “Acho que Osama Bin Laden perdeu a relevância há muito tempo, na verdade. Se eles tivessem matado Bin Laden um ou dois anos depois do 11 de setembro, uma parte dessa bateção no peito poderia ter tido alguma relevância. Esses punhos no ar nos Estados Unidos, celebrando vitória, são boas imagens, mas acredito que elas não significam nada”, disse Fisk.
O mais importante, afirmou, “o fato real que temos no mundo hoje, o que é importante, é um levante de massas e um despertar de milhões de árabes muçulmanos para derrubar ditadores”. Esses levantes são “muito, muito mais importantes que um homem de meia-idade sendo morto no Paquistão”.

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