Mostrando postagens com marcador 2013. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 2013. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

São Paulo em imagens – Inverno


Algumas fotos do Oeste após o sol se pôr, visto de uma janela no Butantã, no inverno de 2013, em São Paulo, Brasil.



Fotos: Carmem Machado -Arquivo Fatos Etc. (clique para ampliar)








Foto: Edu Maretti


Veja também, da série São Paulo em Imagens:

Rua São Bento

Di Cavalcanti

Estação da Luz

Escultura de fios

Verão na cidade

Outono na cidade

Nossa Senhora do Crack

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

O eterno 1 a 1


O 1 a 1 sempre foi pra mim um resultado bonito, seja no futebol de botão, quando fazíamos campeonatos espetaculares, seja no futebol até hoje. É que o 1 a 1 representa um embate, mais do que um empate. É um empate justo. Diferentemente do 0 a 0 (que é sempre decepcionante) e do 2 a 2 (que sempre deixa o sabor da derrota ou da vitória mais próximo, e por isso também decepcionante), o 1 a 1 parece a medida exata de um empate (um embate) justo no futebol. O empate entre dois que combateram bravamente, mas em algum momento reconheceram a igualdade. Não sei, tenho essa impressão.

Foi 1 a 1 o resultado do primeiro jogo de futebol que vi in loco, no campo, num dia de inverno, frio e com garoa, em 1971: Corinthians 1 x 1 Santos, com Pelé e Rivelino em campo, no Morumbi, levado por meu pai, palmeirense. Como já escrevi aqui, não lembro do jogo, de lances e nem mesmo dos gols. Lembro do 1 a 1 e do meu deslumbramento ao ver aquele gigantesco e lindo gramado verde, e as linhas brancas traçando a grande área, o meio-campo, as meias-luas, o círculo central.

Os gols da partida deste agosto de 2013


O 1 a 1 de hoje foi um belo jogo, disputado, com clima de Vila Belmiro – não pelo público, de parcos 8.120 mil pagantes, mas pelo comportamento aguerrido do time do Santos, desacreditado e abalado por uma crise política depois do vexame de Barcelona. O time mostrou que a crise é de gestão, e não técnica.

O Santos tomou um gol bobo logo aos 3 minutos do primeiro tempo, em cabeçada do zagueiro Paulo André graças a bobeira geral da zaga, que marcou a bola. Tomar 1 a 0 do Corinthians de Tite costuma ser difícil de reverter, pois a equipe é compactada, marca no campo todo, tem índices altos de posse de bola e um contra-ataque que costuma ser mortal, seja nos tempos de Émerson Sheik, seja hoje com Romarinho.

Mas o time de Claudinei Oliveira, que, pressionado pelo vexame no Camp Nou, começara a primeira etapa afobado e nervoso, conseguiu empatar logo aos 9 do segundo tempo (com justiça, diga-se). Foi um passe de Montillo que lembrou Diego em 2002, aquela enfiada para Alberto fazer o 1 a 0 no jogo de ida (que acabou 2 a 0) da final do Brasileiro de 11 anos atrás. Com o gol de William José, o Santos foi crescendo no segundo tempo. Encurralou o Timão e não ganhou por pouco.

(Parênteses para a arbitragem: o juiz Marcelo Aparecido de Souza acertadamente expulsou Paulo André e Willian José, mas o atacante do Santos foi tolo ao entrar na briga entre Neilton e Gil. Se Willian José não tivesse um chilique, Gil e Neilton teriam levado um amarelo cada um e tudo ficava por isso mesmo.)

A partir das expulsões, o Santos perdeu o ímpeto com que partia pra cima do Corinthians. Willian José, que fez o belo gol do empate, prejudicou muito o seu time (mas também, convenhamos, com esse nome não dá: ou é Willian ou é Zé – Wiiliam José é um nome péssimo para um camisa 9).

E foi 1 a 1. 

sábado, 23 de março de 2013

Santos e Palmeiras fazem possível único confronto de 2013




Um dia já se enfrentaram Pelé e Ademir da Guia
Os últimos quatro anos do confronto entre Santos e Palmeiras (veja abaixo) desmentem a suposta “freguesia” alvinegra para o time da capital. De 2009 a 2012 (quatro anos é o período de uma Copa do Mundo) os times se encontraram 14 vezes. Foram 7 vitórias do Palmeiras, 5 do Santos e só 2 empates. O que mostra pequena vantagem palmeirense num cenário de equilíbrio.

A foto acima provoca nostalgia, mas vocês, mais jovens, imaginam ver Pelé e Ademir da Guia duelarem? Eu praticamente não tenho memórias específicas desse duelo, tenho apenas reminiscências.

Sobre o prélio meio murcho deste domingo de março, acho que o maior atrativo é um dado curioso: se o alvinegro e o alviverde não se encontrarem nos mata-matas do Paulistão, o encontro deste domingo pelo Campeonato Paulista poderá ter sido o primeiro e último entre ambos em 2013, já que o Palmeiras está na segunda divisão do Brasileiro.

A ressalva é que talvez venham a duelar pela Copa do Brasil... Isso porque este ano os times que estão na Libertadores (Grêmio, Fluminense, Corinthians, Atlético Mineiro e Palmeiras) disputarão a competição, a partir das oitavas-de-final.

Na possível única partida entre os rivais do Palestra e da Vila Belmiro em 2013, o Peixe joga sem Neymar. O Palmeiras, desfalcado de Henrique, Valdívia e outros menos importantes.


Confrontos de 2009 a 2012

2012

Paulista
Santos 1 x 2  Palmeiras

Brasileiro
Palmeiras 1 x 2 Santos
Santos 3 x 1 Palmeiras

2011

Paulista
Santos 0 x 1 Palmeiras

Brasileiro
Palmeiras 3 x 0 Santos
Santos 1 x 0 Palmeiras

2010

Paulista
Santos 3 x 4 Palmeiras

Brasileiro
Palmeiras 2 x 1 Santos
Santos 1 x 1 Palmeiras

2009

Paulista
Palmeiras 4 x 1 Santos
Palmeiras 1 x 2 Santos (semifinal)
Santos 2 x 1 Palmeiras (semifinal)

Brasileiro
Palmeiras 1 x 1 Santos
Santos 1 x 3 Palmeiras


quinta-feira, 21 de março de 2013

Brasil e Itália, jogo que traz lembranças e golaços


Tarde de um dos maiores clássicos do futebol mundial. Brasil x Itália. Tarde de lembranças e de golaços. Lembranças, para citar duas, como as das Copas do Mundo de 1970 (Brasil 4 a 1 na final e tricampeão) e de 1982 (Itália 3 x 2, eliminando o escrete canarinho, que ficou fora da semifinal no dia da chamada "tragédia de Sarriá"). A Itália sagrou-se campeã após bater Polônia (por 2 a 0 na semi) e Alemanha (3 a 1 na final).

E golaços como o de Oscar no jogo de hoje, Brasil 2 x 2 Itália, amistoso disputado na Suíça. O meia completou com tremenda categoria passe de Neymar depois de contra-ataque fulminante puxado pelo próprio craque santista, com a habitual velocidade, inteligência e habilidade; e o golaço de Balotelli, de cobertura, ao perceber o goleiro brasileiro Júlio César adiantado.

Belo jogo, cheio de alternativas, lá e cá, disputado por duas seleções que dispensam comentários, que têm juntas 9 Copas do Mundo. Com o primeiro tempo terminando 2 a 0 pro Brasil, a impressão era de vitória muito provável. Mas a Azzurra é sempre forte. Foi pra cima e empatou. Bom aperitivo para a Copa das Confederações no meio do ano, quando Brasil x Itália voltam a duelar, desta vez em jogo oficial.




O time de Felipão

Scolari insiste em Júlio César no gol, cujo ciclo pra mim se encerrou em 2010, depois de falhar na derrota por 2 a 1 para a Holanda, que nos desclassificou nas quartas-de-final. Muitos acham que não, mas o gol de Balotelli hoje foi uma falha do arqueiro brasileiro. “Foi no ninho da coruja”, dizem. E foi mesmo. Mas já vi muito goleiro pegar bola ali (exemplo: Rogério Ceni na final contra o Liverpool em 2005, quando o goleiro praticamente deu o título mundial ao São Paulo).

Voltando à seleção, o barco vai mesmo navegar com Felipão até 2014. Independentemente de se gostar ou não (eu não gosto) do futebol de Scolari, tenho séria impressão de que ele pode acertar, pois tem carisma, faz o esquema dele e se emplacar... Agora, com Hulk não dá. Júlio César já não deu certo antes. Mas quem no gol? Sei lá, Cavalieri, por exemplo. Qualquer um. Rafael, do Santos. O Brasil jogou em 1982 com um frangueiro (Valdir Peres) porque Telê Santana tinha birra de Leão, então o melhor goleiro do país. Ninguém lembra disso, porque Telê é um mito intocável. E em 1970 o Brasil também jogou com um goleiro muito limitado, o Félix, do Fluminense, que jogou porque Cláudio, do Santos, que deveria atuar na Copa do Mundo, machucou o joelho.

Outro jogador que eu tiraria, do qual tenho uma antipatia atroz, é o lateral direito Daniel Alves. Que não é um mau lateral, mas se tivesse em futebol o que tem em arrogância seria um craque, o que, infelizmente para ele, não é. A lateral esquerda também está carente, nem Marcelo (do Real Madrid), nem Filipe Luís (do Atlético de Madrid, que, confesso, não conheço) satisfazem.

De resto, que zagueiros? Para o futebol brasileiro, quando tem uma seleção competitiva, zagueiro é o de menos. “Se não tem tu, vai tu mesmo!” Os quatro convocados pelo treinador gaúcho foram Dante (Bayern de Munique), David Luiz (Chelsea), Dedé (Vasco) e Thiago Silva (Paris Saint Germain). Todos são preparados pra uma Copa do Mundo. Não gosto muito de David Luiz, às vezes é afoito e pernóstico, acha que é o Luis Pereira… Mas é atrevido e arrisca; por esse lado é até interessante, já que esporte sem ousadia e risco fica muito chato.

O meio de campo talvez seja Ramires (do Chlesea, que não jogou hoje), Hernanes e Oscar? Pode até ser, mas falta um meia clássico aí, aquele que Ganso poderia ser mas, tudo indica, não será.

Reprodução
"Calado é um poeta"
Ainda sobre seleção, o Pelé disse esta semana que Felipão deveria usar a base do Corinthians para formar a equipe brasileira, porque é o time que está apresentando, segundo ele, o melhor futebol no momento. Como já disse Romário, “Pelé calado é um poeta”.

E é isso. Toda essa digressão por conta de Brasil x Itália. No intermezzo (não no sentido cronológico, mas em grau de importância) entre os jogos históricos de 1970 e 1982 teve o 0 a 0 de 1994, Brasil de Parreira tetracampeão. Esse não me marcou. Fico por aqui.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

O que esperar de Santos, Corinthians, Palmeiras e São Paulo em 2013


Com o calendário abarrotado pelo estadual e poluído pela seleção brasileira (ou seja, sem novidades), que neste ano disputa a Copa das Confederações no Brasil (quando as competições nacionais serão interrompidas, pelo menos isso), começa no próximo domingo o ano de 2013 para o futebol brasileiro. No caso deste post, do ludopédio paulista. Seguem algumas linhas sobre o que esperar dos times grandes do estado de São Paulo.

Ivan Storti- Divulgação/Santos FC
Argentino Montillo é o camisa 10
O Santos foi certeiro ao contratar o meia Montillo (ex-Cruzeiro), que, embora com características diferentes (joga mais à frente, por exemplo), chega para substituir Ganso. Marcos Assunção pode se encaixar bem no meio de campo, dando cadência a uma equipe muitas vezes afoita, e também aproveitar as incontáveis faltas sofridas por Neymar, que são quase sempre desperdiçadas. Neymar, aliás, que sofre com um esquema tático conhecido como “Neymar-dependência”, do gênio Muricy. Vamos ver se com Montillo o time muda do “dá no Neymar” para o “dá no Neymar ou Montillo”.

O time da Vila tem condições de entrar como um dos (vejam bem, um dos) favoritos aos títulos que disputar, considerando as competições mais importantes: o Brasileiro e a Copa do Brasil, que neste ano vai ser disputada de abril a novembro. Como santista, estou um pouco farto de títulos paulistas, pelo menos se se levar em conta que em 2012, com um time caro, a equipe foi tricampeã estadual e depois mais nada, tirando o simbólico mas pouco expressivo título da Recopa: foi desclassificada da Libertadores pelo Corinthians e fez uma campanha horrenda no Brasileiro.

Continuo a afirmar que não suporto o treinador Muricy Ramalho. Nem sua figura antipática, um homem mal educado e às vezes covarde ao acusar os jovens da base pelos insucessos. Isso para não falar de sua notória covardia tática.

Conheço santistas que veem um bom motivo para torcer muito no Paulista: pois o Peixe pode levantar o inédito tetracampeonato. Vá lá, o motivo é justo, mas confesso que não consigo mais ter interesse num campeonato que tem 19 rodadas que não servem para nada a não ser lotar o calendário de jogos inúteis, quase todos com timinhos violentos.
Reprodução
O namorado de Barbara Berlusconi
O Corinthians... Bem, o Corinthians, que já era fortíssimo no ano passado, quando levantou a mitológica Libertadores e acabou com o maior manancial de piadas do futebol brasileiro, além do Mundial no Japão, está ainda mais forte em 2013, com as chegadas de Pato e Renato Augusto. Isso se Pato, também conhecido como namorado de Barbara Berlusconi, estiver em condições físicas, pois é um atleta que parece estranhamente frágil em algum lugar entre os músculos e o cérebro. Mas, mesmo que nenhum deles jogue nada, a manutenção da equipe campeã e a permanência de Tite terão de ser engolidos por rivais, arquirrivais e que tais.

Seja como for, a tranquilidade do time depois de tantas conquistas é mais um fator a impulsionar o temível Alvinegro. Além, obviamente, da montanha de dinheiro que chega ao clube de todos os lados, inclusive a muitíssimo discutível verba pública via Caixa Econômica Federal, patrocinadora da camisa corintiana.

Reprodução
Principal "reforço" do Verdão
O Palmeiras tem um ano paradoxal: rebaixado para a segunda divisão no Brasileiro, disputará a Libertadores em 2013, embora com chance zero de título. O grupo do Verdão na competição continental é formado por Libertad, Sporting Cristal e Tigre-ARG ou Deportivo Anzoátegui-VEN.

O Campeonato Paulista pode ser um bom laboratório para o treinador Gilson Kleina montar a equipe, cujo principal objetivo sem dúvida é o Brasileiro da Série B. Parece-me que o Alviverde não conseguirá encontrar mares calmos antes de eleger seu novo presidente e pôr fim à lamentável administração de Arnaldo Tirone, na semana que vem.

Uma providência profilática sem dúvida seria se livrar de Valdívia, que não consigo caracterizar a não ser como um encosto. O principal reforço do Palmeiras para 2013? Barcos, que renovou contrato.
Reprodução
Meio campo do São Paulo agora tem dono
E o São Paulo me parece que acertou na mosca ano passado ao trazer o técnico Ney Franco. E a chegada de Ganso, cuja inteligência futebolística é impressionante, tem tudo para fazer do Tricolor do Morumbi um time ainda mais forte do que já vem demonstrando ser. Claro, isso se o meia superar sua crônica frequência no departamento médico.

Tudo indica que o São Paulo será candidato ao título da Libertadores e voltará a ser uma força do futebol brasileiro em 2013, o que não acontece desde 2008, quando foi tricampeão nacional. Em 2012, o time conquistou a pífia Copa Sul Americana, o primeiro título em quatro anos.

Contra o boliviano Bolívar na pré-Libertadores, o time não deve ter dificuldades para entrar na fase de grupos.