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domingo, 5 de maio de 2013

Futebol: uma semana pra ninguém botar defeito



Reprodução


Ótima semana pra quem gosta de futebol. Vários grandes jogos e/ou partidas decisivas, duelos clássicos, disputas de pênaltis, rivalidades. O Palmeiras, que só precisa vencer o Tijuana em São Paulo para ir às quartas da Libertadores, e o Santos, na final do Paulista, se deram bem; o Corinthians, mais ou menos, pois patinou na Bombonera, mas pode reverter no Pacaembu e está na final do Paulista contra o Peixe; e o São Paulo, fechando pra balanço, está virtualmente fora da Libertadores e eliminado pelo Corinthians na semifinal do estadual.

De quebra, esta semana vimos os pernósticos Real Madrid e Barcelona afundarem na Liga dos Campeões.

Abaixo, como destaque da semana, pela categoria, o gol de Ronaldinho Gaúcho, o primeiro do Galo contra o São Paulo na quinta-feira, 2, uma cabeçada como uma tacada de sinuca, com precisão e categoria raras.




Pela ordem:

São Paulo 1 x 2 Atlético-MG

O grande jogo da semana foi São Paulo 1 x 2 Atlético-MG pelas oitavas da Libertadores. Não só pela partida em si, a mais bem jogada e técnica, mas principalmente pelo futebol que o Galo de Cuca vem apresentando, sem dúvida nenhuma o melhor time do país no momento. O Atlético de Diego Tardelli, Ronaldinho Gaúcho, Bernard, o zagueiro Réver, os eficientíssimos Richarlyson (lateral esquerdo, ex-São Paulo) e Pierre (volante, ex-Palmeiras) pôs o Tricolor na roda em pleno Morumbi. A mídia paulista forçou bastante a ideia de que o time do Jd. Leonor perdeu por causa da expulsão de Lúcio. Mas não vi bem assim. O que vi foi um vareio do Galo, que “cozinhou o galo” no segundo tempo após fazer 2 a 1 aos 13’. Deu olé. Claro que o time paulista exerceu no início do jogo a pressão esperada e normal de um mandante num jogo como esse. Mas com Lúcio ou sem Lúcio, o Galo ganharia. Fez o que quis e o necessário, trocou passes com precisão impressionante, ditou o ritmo da partida e virtualmente eliminou o São Paulo da Libertadores. Os belos gols de Gaúcho (acima), com a maestria conhecida, e Tardelli, com sua movimentação espetacular, foram suficientes pra matar o Tricolor.


Boca Juniors 1 x 0 Corinthians 

Eu resumiria assim o embate entre paulistas e portenhos no jogo na Bombonera: apesar de ter ouvido muitos comentários segundo os quais o time paulista fez a incompreensivelmente pior  partida em muito tempo, faltou profundidade a essa análise, que é limitada por ignorar o chamado “outro lado”. Como se o Corinthians tivesse jogado contra ninguém. A melhor análise desse duelo, das que li ou ouvi, foi a do Leandro Miranda, no portal Terra.

Diz ele: “Quem esperava o mesmo Boca de 2012, lento na armação e recuado na marcação, acertou só a primeira parte: o time é fraco tecnicamente e tem dificuldade para criar jogadas, mas defendeu de forma agressiva, pressionando os jogadores alvinegros assim que eles recebiam a bola – como o próprio Corinthians faz com frequência – e forçando o pior jogo da equipe de Tite em 2013.
“O Corinthians não está acostumado, no Brasil, a receber uma marcação agressiva como a que aconteceu na Bombonera.”

Quer dizer, o Corinthians não jogou mal porque jogou mal, como quem ganha pra comentar e não comenta bem tentou vender, mas porque o Boca aprendeu com a derrota de 2012, e, apesar de ser um time tecnicamente fraco, é comandado hoje por Carlos Bianchi, quatro vezes campeão da Libertadores: uma com o Vélez Sársfield (1994) e três com o próprio Boca Juniors (2000, 2001, 2003). A tarefa do Timão é bem difícil. O 1 a 0 é um resultado complicado de tirar com o regulamento do “gol fora”. Se o Boca fizer um golzinho daqueles típicos argentinos, bye bye. Mas a tarefa do Alvinegro está longe de ser desesperadora como a do São Paulo, que precisa bater o Galo em BH com dois gols de diferença.

São Paulo x Corinthians
Reprodução
Mais um pouco e Ceni dividia com Pato
No Morumbi, péssimo jogo e apenas algumas poucas observações: como o São Paulo bate!; o jogo foi típico de dois times com medo de perder, pois ambos sabiam que uma derrota, após as adversidades do meio de semana na Libertadores, seria catastrófica; por mais que se diga que Luis Fabiano não estava impedido num lance no primeiro tempo, para mim estava, sim, por muito pouco, mas estava); o árbitro foi muito bem ao mandar voltar o pênalti defendido por Ceni, pois o goleiro estava para lá do meio da pequena área (veja a foto) quando Pato bateu (todo goleiro adianta um pouco, dando um passo pra frente e um pro lado, ou vice-versa, mas Rogério é muito cara de pau).

Paulo Henrique Ganso e Luis Fabiano, o primeiro de maneira grotesca, perderam os pênaltis do São Paulo. Haja terapia. Os lances do menino mimado ex-Santos e do bad boy amado pela Independente simbolizam a crise são-paulina atual. O treinador Ney Franco reclamou da arbitragem e disse que o juiz "não estava preparado". Me parece que ele deveria ir chorar na cama.

Palmeiras

Como falei no início, o Palmeiras, quem diria, tem tudo para chegar às quartas da Libertadores. Após o 0 a 0 no campo de society na terça-feira, 30, basta vencer o Tijuana em São Paulo, no dia 14 de maio. No dia 15, o Timão decide contra o Boca. Antes, nesta quarta-feira, 8, o São Paulo tenta o milagre em Minas.

Sobre o Santos, já escrevi neste post.

Europa

E, para terminar, sensacional as retumbantes derrotas de Real Madrid  e Barcelona esta semana para Borussia Dortmund e Bayern de Munique, respectivamente, confirmando o baile dos jogos de ida. Os madrileños perderam de 4 a 1 na Alemanha, e, em casa, fizeram 2 a 0, em partida de final eletrizante. E os catalães não viram a cor da bola contra os bávaros. Tomaram de 4 a 0 em Munique e 3 a 0 em pleno Camp Nou, 7 a 0 no agregado. Coitado do “melhor time de todos os tempos”. É incrível, mas precisaram os alemães entrarem em campo pra desfazer esse conto da carochinha disseminado, no Brasil, principalmente, pela ESPN.


Gaúcho roubado

O Campeonato do RS foi conquistado pelo Internacional, que ganhou o segundo turno (a chamada Taça Farroupilha) nos pênaltis, do Juventude. Roubado. O Juventude teve um gol absurdamente anulado no tempo normal. Ninguém, a não ser o árbitro, viu alguma irregularidade no lance. É aquela coisa: na província, só Grêmio e Inter podem ser campeões. Uma vergonha.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Espanhóis engasgam com chucrute


Alguém falou na redação, em tom de brincadeira, que as acachapantes vitórias alemãs contra os espanhóis na rodada de ida da Liga dos Campeões da Europa, entre terça e quarta-feira, representam um acontecimento simbólico. No plano da economia, a poderosa Alemanha hoje consegue se safar da crise que assola grande parte do Velho Mundo, afetando dramaticamente, por exemplo, os combalidos ibéricos Portugal e a Espanha de Real Madrid e Barcelona.

E$$a realidade de alguma maneira se refletiu no embate futebolístico? Não sei. Mas, em termos de ludopédio, este blogueiro vibrou. Ver o Barça levar uma chapuletada de 4 x 0 do Bayern não tem preço. Confesso que pode haver aí algum rancor inconsciente, mas não vou enveredar pela psicanálise para falar de futebol, aí já seria demais. Até dá pra fazer a analogia econômica, e também uma metáfora político-jurídica: a cada gol dos quatro que Lewandowski marcou, ouvia-se alguém comemorar: "chupa, Joaquim Barbosa". É impressionante a criatividade, tão rápida que no momento mesmo do gol já se cria a piada.

O fato é que o Barcelona dos jornalistas encantados e dos próprios pernósticos torcedores e “torcedores” (brasileiros com complexo de vira-lata) do time catalão desmoronou. E é no mínimo irônico que Pep Guardiola já seja o técnico do próprio Bayern para a próxima temporada. O atual treinador, Jupp Heynckes, será substituído pelo ex-treinador do Barça no time bávaro.

Quanto não ouvi dizerem que o Barcelona é tão espetacular que não precisa nem de técnico, porque seu estilo já é desenvolvido desde as escolinhas onde todos treinam como Xavi, Busquets, Iniesta, Pedro e Villa, para não falar de Messi. Qual nada! O time da Catalunha nunca mais foi o mesmo depois que Guardiola saiu, rumo à Bavária.

Veja os gols de Bayern 4 x 0 Barcelona (vale a pena: o vídeo é sensacional – deve ter sido emocionante para os torcedores alemães que estavam no estádio)




Foi também com simpatia que vi o Borussia Dortmund enfiar 4 a 1 no Real Madrid do insuportável José Mourinho, uma das personalidades mais arrogantes que o futebol mundial já produziu. Perto de Mourinho, Muricy Ramalho é um beato (e olha que para mim Muricy é um encosto na Vila Belmiro – mesmo que volte a ser campeão, no que eu não apostaria hoje).

Nas partidas de volta, portanto, respectivamente no Camp Nou e no Santiago Bernabéu, Barça e Real terão de reverter as goleadas. No futebol muita coisa é possível, mas a situação dos times espanhóis é dramática. Bem feito.

Os gols de Borussia 4 x 1 no Real Madrid estão abaixo, com narração muito estranha:


domingo, 20 de maio de 2012

O poder do futebol


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Foto: Divulgação/Casa Branca

O primeiro-ministro britânico David Cameron (à esquerda, comemorando), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a chenceler alemã Angela Merkel fazem uma pausa na cúpula do G-8, em Camp David, para assistir à final da Liga dos Campeões da Europa, entre Chelsea e Bayern de Munique, vencida pelo time inglês nos pênaltis depois de empate em 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação.

Foi o primeiro título dos Blues na Champions League e a primeira vez que um time de Londres consegue levantar essa taça.