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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Termos de busca pra ninguém botar defeito

Os dez melhores – novembro-dezembro de 2010

Aí vai, prezado e curioso leitor, a lista dos dez melhores termos de busca do bimestre (novembro/dezembro de 2010). Para quem está chegando agora, trata-se de uma idéia do finado blog Só Casando, que infelizmente saiu do ar: os termos de busca que o internauta digita no Google e assim chega ao meu blog.

Neste bimestre a coisa está mais diversificada (no post passado [acesse aqui] o pessoal estava muito aflito com as eleições, e os corintianos, com a dúvida sobre se o Itaquerão vai ser realidade ou não – tema este que ainda persiste).

Seguem então, em itálico, os dez mais do bimestre (tal como foram digitados no Google).

1) que eles usavam para produzir cinema antigamente hoje dia
(Comentário do blog – não sei se este termo incorpora um estilo de narração cinematográfica em flashback, talvez uma frase de algum filme de Godard, ou se é de um cara confuso mesmo. Não dá pra responder, e nem pra saber a que post deste blog o indivíduo chegou com isso).


Ele merece eutanásia?
2) eutanásia luxemburgo
(Comentário – amigo, tire o ódio do coração, mesmo sendo palmeirense, atleticano-MG, santista etc. Como dizem os sábios: não deseje aos outros o que não quer para si mesmo).

3) professor dorival demente
(– Viu, professor Dorival Júnior, eu falei que o senhor precisava de uma boa terapia. Parece que há quem faça um diagnóstico pior!).

4) to voltando pra casa twitter
(– esse é o típico termo de busca de um rapaz ou uma moça que literalmente conversa com o twitter, como há os que conversam com o Google, com o espelho, com o travesseiro etc).

5) corithians não vai ter estadio pra copa do mundo é verdade
(– os corintianos juram que é mentira!)


 De Jong sobre Xabi Alonso: pior do que
Felipe Melo ou um Mangalarga
6) os coices mais violento do mundo
(– o termo de busca já começa com um coice gramatical [coices... violento]. De qualquer maneira, os coices podem vir de um Mangalarga, de um cavalo Árabe... Podem vir de um burro ou um asno também, dependendo das circunstâncias e da posição de agressor e agredido. Ou ainda ser desferidos por criaturas de duas patas, como o Felipe Mello, ou o De Jong, da Holanda, contra o espanhol Xabi Alonso na final da Copa).



7caiu na rede estudante fazendo chupeta em sao Carlos
(– por mais anatômica que seja a chupeta, por melhor que seja seu material e, por mais que o estudante seja inventivo, acho um absurdo. Afinal, a odontologia já provou que chupeta faz mal à dentição).



8) fato de boi aborta
(– esse é o tipo de termo impossível de entender... Deve ser de um disléxico).

9) pra quem os jogadores do mazembe rezam?

(– Taí uma pergunta que eu não tenho a menor idéia de como responder).

10) detalhe do moicano do neymar
(– Esse termo de busca, essa ansiedade, eu posso satisfazer. Taí abaixo. É bem horrível).

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Adeus, Dorival Júnior. Viva Neymar!

Dorival Júnior não é mais o técnico do Santos. Segundo a rádio CBN, o treinador Narciso, das categorias de base, vai comandar a equipe no clássico contra o Corinthians amanhã.

Dorival Júnior foi demitido por insubordinação. Quis manter o afastamento de Neymar. Melhor notícia não poderia ter acontecido. O treinador demonstrou ser um ressentido, rancoroso e outras coisas mais que prefiro não dizer.

Victor, do blog Cartão Laranja, comentou num post aqui no blog, sábado, 18, o seguinte: o treinador teria uma suposta proposta do São Paulo e "para não ficar com o estigma de mercenário, arruma confusão no Santos, sai e passado algum tempo vai para o São Paulo. Será? Vamos aguardar os próximos capítulos".

Bom, os fatos estão aí para quem quiser fazer conjecturas. A atitude de Dorival Júnior, mantendo o afastamento de Neymar para o jogo com o Corinthians, foi considerada inadmissível pela diretoria santista. Para mim, inadmissível era esse treinador medíocre (o que penso dele aqui) continuar no Santos.

Depois do 0 a 0 entre Guarani e Santos, em Campinas, Alberto Helena Jr, em seu blog, comentou o seguinte, referindo-se às declarações do sinistro René Simões após o jogo da celeuma (Santos 4 x 2 Atlético-PR): “O monstro, creia, é Neymar… Ora, vá ver se estou na esquina.”

Muito bom, como sempre, Alberto Helena. Um antídoto contra a hipocrisia.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Psicólogo para quem precisa


Fotos: Divulgação/ Ricardo Saibun

Dorival Júnior ameaça deixar o comando do Santos se o clube não impuser a Neymar um “gancho” de 15 dias pela discussão da última quarta-feira, na Vila, na vitória contra o Atlético-GO por 4 a 2. Pois que vá. Está colocada uma sinuca de bico, porque o clube não pode aceitar essa chantagem.

Neymar agiu errado, é fato. Mas qualquer um que joga ou jogou futebol sabe que no campo, na rua ou na quadra a adrenalina pode provocar atitudes às vezes impensadas. O moleque já pediu desculpas, foi multado. Parece que é culpado pelo crime de ser jovem. A exploração do episódio pela mídia chega a ser absurda. O chamado “jornalismo esportivo” não tem mais pautas? Outra coisa: o politicamente correto está se tornando insuportável.

Concordo com a ironia do Arnaldo Hase, coordenador de Comunicação do Santos, que escreveu no twitter: “a julgar pelos comentários, colunas e textos sobre Neymar, vivemos em um país com a maior quantidade de gente perfeita por m2”. É isso mesmo. E eu gostaria de acrescentar que o “professor” Dorival é o mais “perfeito” de todos.

Quem precisa de psicólogo?

Falam tanto que jogadores como Neymar precisam de psicólogo, mas tenho para mim que uma boa terapia não faria mal ao “professor”. Desde o episódio com Paulo Henrique Ganso (que se recusou a ser substituído na final do Paulistão contra o Santo André), ele parece ter sido tomado por um rancor desproporcional, e passou a tomar atitudes tolas e ultrapassadas, para retomar o comando que julgou perdido, mas que ainda não estava perdido.

O moralismo
Em resumo, Dorival Júnior é que se perdeu. Após a conquista do Campeonato Paulista e da espetacular classificação do time à final da Copa do Brasil, ao eliminar o Grêmio, o que fez o treinador? Menos de 24 horas depois do jogo contra o Tricolor gaúcho, impôs uma concentração para os solteiros da equipe!, que fizera uma sequência de oito mata-matas seguidos, com o saldo de um título e uma final para depois da Copa do Mundo. Imposição ao estilo de Oswaldo Brandão no século passado, ou meio século atrás. Desde então, o ambiente no elenco e deste para com o treinador se deteriora a olhos vistos. O autoritarismo não serve mais no relacionamento com os jovens no ano de 2010.

No campo
Já como técnico, Dorival Júnior foi campeão duas vezes no primeiro semestre porque tinha um elenco fora do comum, e mesmo assim quase perdeu o Paulistão para o Santo André e por pouco não deixou escapar a CB também. O time é uma peneira, os buracos na defesa e no meio de campo estão lá para quem quiser ver. Uma hora ele escala Madson, em outro jogo sequer relaciona o meia; Zé Eduardo em um momento é titular, no outro não é escalado e nem joga; titubeia em colocar ou não Alan Patrick no time. E por aí vai.

Na minha opinião, a missão de Dorival Júnior está encerrada no Santos. Adiar a decisão só vai agregar mais e mais problemas.

PS [1] às 14h40 - A diretoria do Santos preferiu aceitar a punição pedida pelo treinador e Neymar foi suspenso, não viajando a Campinas para enfrentar o Guarani amanhã. A não ser que haja algum acordo não divulgado, para mim a solução é inadmissível sob todos os aspectos. Destaco: 1) o clube se rendeu à chantagem; 2) com essa chantagem vitoriosa, o punido é o Santos, além do Neymar; 3) esse clima de punições e deterioração de ambiente está lembrando o armado por Nelsinho Baptista em 2005, às vésperas de uma partida contra o Corinthians, com o resultado desastroso que todos os santistas conhecem; 4) a onda moralista de Dorival Júnior ganha, pelo menos num primeiro momento.

Lamentável.

PS [2]
- Xico Sá escreveu, na Folha de S. Paulo de ontem, um belo texto intitulado "Carta ao jovem Neymar". Vale a pena ler. Está aqui. (só para assinantes)

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Dorival Júnior, o moralista

Foto: Eduardo Metroviche
O treinador Dorival Júnior resolveu dar uma de general. Os jogadores Neymar, André, Paulo Henrique Ganso e Madson foram afastados da partida contra o Atlético-GO, como punição por terem contrariado sua ordem para se apresentarem à concentração às 23h da quinta-feira. Eles só apareceram às 3h.

Os grandes e jovens jogadores do Santos acabam de ser campeões paulistas e levar o clube a uma final inédita de Copa do Brasil, doando-se como se doam os grandes, tendo levado o Santos novamente às manchetes do mundo todo.

“Ué, mas eles não acabaram de conquistar tudo agora? Deixa os meninos irem na balada. Que moralismo!”, ouvi de um jovem são-paulino agora há pouco.

É muitas vezes nos maiores momentos que os homens mostram se são de fato grandes ou medíocres. Os atletas citados e punidos deveriam ter sido recompensados com alguns dias de folga e liberados da partida contra o Atlético-GO, como prêmio por tão grandes alegrias que deram a sua torcida. Ao invés disso, moralismo e punição neles.

Dorival Júnior – que já errou escalando-os contra o Ceará – deveria saber que um grande exército comandado por um general inferior não terá sequer a sua Waterloo.

PS (terça, 25, 12h30):
Na minha modesta opinião (nunca joguei futebol como profissional), não há nada mais importante em um elenco do que o chamado "alto astral" e a união. Não quero ser mal interpretado com o que escrevi acima na sexta-feira. Como profissionais que são, os jogadores têm, sim, de respeitar as normas. Mas, em casos específicos como esse, as punições me parecem contraproducentes.

Será que o dr. Sócrates, por exemplo, apoiaria tal punição? Mais: afastar e negociar o meia Mádson, após uma campanha vitoriosa do time neste semestre, é o melhor, considerando que o baixinho é tão querido no elenco e pela torcida? Ou Dorival vai angariar antipatias e promover divisões no elenco, com sua postura de general? Minha antipatia ele já tem.

Vinte e cinco anos depois da “democracia corintiana”, algumas coisas têm de ser consideradas, afinal tudo muda na história, e o futebol não está fora da história.

Mas o estilo militar continua. O "comandante" antecipou para segunda-feira a concentração (que deveria ser na terça, 25) dos jogadores solteiros para o jogo com o Guarani. Não sei. Os tempos mudaram. Dorival pode ser bem sucedido nesse estilo linha dura, mas também pode quebrar a cara.