domingo, 30 de março de 2014

Santos sofre, mas derrota Penapolense e vai à final; Palmeiras decepciona e cai diante do Ituano



Santos 3 x 2 Penapolense
Palmeiras 0 x 1 Ituano












Com esses resultados, o Santos faz a final do Paulistão 2014 com o Ituano, para decepção de quem pensava numa decisão, que há décadas se esperava, entre Santos x Palmeiras, por incompetência do time de Gilson Kleina.

A dificuldade do Santos na Vila contra o surpreendente time do Penapolense foi consequência da partida desastrosa (para dizer o mínimo) do zagueiro David Braz, reserva que, como se vê, não deveria nem mesmo ser reserva do time. Ele cometeu um pênalti desnecessário e entregou o segundo gol de presente para a equipe de Narciso fazer 2 a 1 de virada ainda no primeiro tempo. No segundo gol, diga-se, a lambança foi feita em parceria com o goleiro Aranha, com 50% de culpa para cada um. Muitos santistas acham que Aranha “é seleção”, o que me parece um exagero. É um bom goleiro, mas daí a ser um goleiro de seleção vai uma bela distância.

O Penapolense que o Peixe derrotou é um time melhor taticamente do que o violento Ituano. Isso posto, o Palmeiras protagonizou mais uma de sua série histórica de vexames contra times pequenos. Os episódios de que mais me lembro foram a perda do título paulista para a Inter de Limeira no Morumbi em 1986 (1 a 2) e as eliminações pelo ASA de Arapiraca na Copa do Brasil de 2002 (o Verdão ganhou por 2 a 1, mas caiu porque o ASA ganhara de 1 a 0 no Nordeste) e pelo Santo André em pleno Parque Antarctica pela mesma competição de 2004 (4 a 4).

A saída de Alan Kardec (que levou uma entrada digna de cartão vermelho do jogador do Ituano Alemão) e a ausência de Valdívia no primeiro tempo, poupado por estar com o tornozelo inchado após apanhar o jogo todo do Bragantino, além da saída do goleiro titular Fernando Praz (que não sei por que saiu) foram decisivas para a derrota do Alviverde. E, como todo mundo sabe, o goleiro reserva, Bruno, é um frangueiro: o chute do jogador Marcelinho foi daqueles que ele nunca mais vai acertar de novo, mas mesmo assim dava pra pegar, o goleiro caiu atrasado.

Voltando ao Peixe, impressionante a estrela do menino Stéfano Yuri, da escola santista, uma verdadeira indústria de grandes jogadores. Enquanto o caríssimo Lenadro Damião perdeu quatro gols absolutamente feitos (apesar de ter marcado o segundo do Santos), o menino entrou aos 40’ do segundo tempo, no sufoco, e na primeira bola em que pôs os pés mandou pra rede. Sensacional.

Enfim, pra quem esperava o clássico Santos x Palmeiras, numa final inédita em décadas, vai ter que se contentar mesmo, infelizmente, com Santos x Ituano.

O Palmeiras fica pra próxima.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Santos faz 4 a 0 na Ponte e chega à semifinal do Paulistão com 30 gols marcados na Vila


O Santos de Oswaldo de Oliveira eliminou a Ponte Preta no jogo único pelas quartas-de-final do Campeonato Paulista de forma categórica, por 4 a 0, na Vila Belmiro.

Veja os gols, e (que ótimo!) sem narração de nenhum locutor chato (Uh-tererê!, grita a torcida na Vila) 



Destaque para o polivalente Thiago Ribeiro, que jogou no campo todo, roubando bola na defesa como se fora um volante ou chutando a gol como se fora um meia.

O volante-meia Cícero é fundamental para dar qualidade ao meio de campo, que tem no volante Arouca um esteio e no voluntarioso meia Geuvânio a ousadia. E no atacante Gabriel a malícia, e também a ousadia. O menino Gabriel tem confiança e chuta (como fez no terceiro gol do time), enquanto o caríssimo Leandro Damião, em jogada semelhante, depois, sem a mesma autoconfiança, preferiu tentar um passe equivocado.

Mas lembremos que Damião fez uma jogada espetacular, dando um passe de bicicleta para Geuvânio entrar sozinho e fazer 2 a 0 logo no início do 2º tempo, e a partir daí o jogo ficou fácil.

O time do Santos tem sabido se defender e armar bem para anular o adversário em seu (do Santos) campo de defesa. E no contra-ataque tem sido mortal, com as assistências que podem vir dos pés de Geuvânio, Cícero, até mesmo Arouca em alguns momentos.

A defesa tem se comportado bem, com titulares ou reservas. A dupla de zaga (de reservas) Neto e David Braz, que atuaram na vitória contra o Palmeiras por 2 a 1 no domingo na Vila e nos 4 a 0 de hoje contra a Macaca, está dando conta do recado. Particularmente, Neto foi surpreendentemente seguro nos dois jogos.

O problema da equipe da Vila Belmiro são as laterais. Pela direita, Cicinho é voluntarioso e afoito, costuma levar bola nas costas e não é muito inteligente; pela esquerda, o chileno Mena é lento e dá a impressão de que nunca vai estar lá para cobrir (ou seja, também leva bola nas costas).

Seja como for, o Peixe eliminou a Ponte com mais uma das várias goleadas que aplicou no estadual deste ano, com destaque para os 5 a 1 contra o Corinthians.

O Alvinegro da Vila jogou 9 vezes em seu campo até aqui no Paulistão: foram 9 vitórias, 35 gols a favor (3,33 por partida) e 5 contra. Está na semifinal jogando um futebol bonito, parecido àquele que sua torcida gosta, que mostra em campo o espírito de Santos.

PS: duas horas e meia depois, o Penapolense do técnico Narciso eliminou o São Paulo Futebol Cube do glorioso Muricy Ramalho na disputa de pênaltis por 5 a 4, depois de um exuberante 0 a 0, digno de um Tricolor de Muricy.

Como o Santos enfrenta agora, na semifinal, o Penapolense, e tem tudo para ir à final, e o Palmeiras precisa ganhar nas quartas do Bragantino amanhã (hoje, quinta-feira 27) e depois enfrentar na semi o Ituano (que eliminou o Botafogo de Ribeirão Preto), é possível que finalmente (finalmente!) Santos e Palmeiras façam uma final depois de muitas décadas.

Ainda não consegui apurar concretamente qual foi a última vez que o prélio Palmeiras x Santos foi a final de alguma coisa. O que até agora consegui saber foi que decidiram o Paulista de 1959 numa "melhor de 4 pontos", e que o Alviverde levou a taça: link do Futepoca

sábado, 22 de março de 2014

São as águas de março fechando o verão


Texto e fotos de Carmem Machado



os dias tem sido assim, elas vêm chegando, chegando...

Clique nas fotos para ampliar



às vezes fica assustador!




sempre fiz, e até o fim farei, aniversário
junto com as águas de março




mas a gente agradece!




depois das chuvas tem feito um belo pôr de sol




talvez a lua nos brinde + ou - desse jeito:




são as águas de março fechando o verão


quinta-feira, 20 de março de 2014

Artistas de rua – El Quba e Damian


A dupla é formada pelo colombiano El Quba (compositor e arranjador) e o argentino Damian Zantedeschi (músico e compositor). Estavam na rua São Bento hoje. Segundo sua página do Facebook, eles misturam músicas latinoamericanas com ritmos urbanos. Um estilo meio Manu Chao?



Veja também da série Artistas de rua:

Les Chats-Potés, avenida Paulista

Divino Oliveira, avenida Paulista

segunda-feira, 17 de março de 2014

Endorcismo e rock’n’roll – a guitarra salva do mal


Excelente o filme publicitário criado pela agência AlmapBBDO, usando o rock’n’roll como mote. A produção de 1’40”, feita para a rádio Kiss FM, mostra um ritual de “endorcismo”, um exorcismo ao contrário, em que o padre é substituído por um músico com uma guitarra, cuja missão é fazer o espírito do rock voltar ao corpo de um desgraçado “possuído” por espíritos musicais inferiores, axé e (cruz credo) funk. A produção é repleta de referências a ícones visuais e musicais do rock.

Veja o filme:


About Djoko



Reprodução
O sérvio Novak Djokovic ganhou três vezes Indian Wells

O que me fez parar à frente da TV neste domingo foi a final de tênis de Indian Wells, nos Estados Unidos: Novak Djokovic x Roger Federer. Jogaço.

Vitória (e título) de Djoko por 2 a 1 (6-3, 3-6 e 7-6) na decisão do torneio.

Ultimamente existe uma espécie de dicotomia entre Federer e Rafael Nadal. Tipo, quem é melhor, Nadal ou Federer? Particularmente, prefiro Djokovic, embora ache Federer o melhor de todos e Nadal um tenista intolerável, embora reconheça que é um gigante. Mas o estilo pitbull de Nadal, sua força física extrema, a inclemência com que chega em todas as bolas, o fôlego impressionante, o estilo Lleyton Hewitt de jogar tênis, além dos tiques ao sacar (puxa a cueca, arruma o cabelo de um lado, de outro, bate a bola incontáveis vezes), tudo isso me faz sempre torcer contra Nadal.

Os mais espetaculares tenistas que vi jogar foram Pete Sampras, Roger Federer, Gustavo Kuerten e Patrick Rafter.

Os maiores ganhadores de Grand Slams na era profissional foram Federer (17 títulos), Sampras (14) e Nadal (13). Djokovic ganhou seis, com seu arsenal variado de golpes, a técnica refinada, a capacidade de jogar tanto no fundo da quadra como de avançar e resolver no voleio, a impressionante força mental com que supera as piores adversidades.

Enfim, voltando a Indian Wells, foi o terceiro título de Djokovic nesse Masters 1000 do circuito (Federer é o maior vencedor na história do torneio, com quatro taças). Como Djoko, Jimmy Connors, Michael Chang e Rafael Nadal também levantaram a taça três vezes em Indian Wells.

Este ano, o primeiro Grand Slam da temporada, o Australian Open, foi vencido pelo suíço Stanislas Wawrinka. Uma zebra. Ainda faltam Roland Garros, Wimbledon e US Open.

Vai, Djoko.

quarta-feira, 12 de março de 2014

PMDB coloca acesso à internet livre em sério risco


Veja vídeo abaixo

Assunto essencial ao qual nem todos estão prestando a atenção devida: hoje o governo conseguiu retirar da pauta de votação da Câmara dos Deputados  o projeto de lei 2126/2011, o chamado Marco Civil da Internet, que estava prestes a ser votado. Com a rebelião do PMDB comandada pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) -- que não merece o voto de ninguém --, o governo seria derrotado e o texto, cujo relator é o deputado Alessandro Molon (PT-RJ), não passaria no plenário.

O relatório de Molon prevê a chamada “neutralidade da rede”, que o lobby das gigantes das telecomunicações querem derrubar. O que é isso? Hoje, você acessa internet e navega livremente, vê vídeos do YouTube de graça, e todos -- ricos, pobres e remediados -- têm o mesmo direito de ver o que quiserem. Se as empresas vencerem e não houver a neutralidade, quem tem mais dinheiro poderá literalmente “pagar para ver”, comprar pacotes melhores, ter direito de acessar vídeos do YouTube, por exemplo. Quem não tem dinheiro, ficará a ver navios.

Molon fez um discurso veemente e esclarecedor hoje no plenário da Câmara a favor da internet livre e contra os que defendem que só tenha acesso à Web quem puder pagar pacotes, como é hoje a TV a cabo. Sim, pessoal, a internet pode virar isso que é o mercado de TV a cabo.

O discurso está abaixo e gostaria que vocês ouvissem, pois é muito esclarecedor. Para evitar o blá-blá-blá inicial, comecem a assistir a 1’25” (1 minuto e 25).


Diz Molon no discurso:

É disso que se trata:: hoje, qualquer pessoa que tenha acesso à internet escolhe o que vai acessar: baixar uma foto, mandar um e-mail, assistir a um vídeo. Se a neutralidade for quebrada, os vídeos, mesmo os vídeos do YouTube, ou qualquer outro, só poderão ser acessados por quem puder pagar por eles."

Rejeitar o marco civil... significa excluir, tirar os pobres da internet e a internet dos pobres. A classe média brasileira, que não conseguirá arcar com 500, 600 reais para assistir vídeos no YouTube, que hoje é gratuito.”

"Derrotar o Marco Civil e aprovar uma emenda aglutinativa que acabe com a neutralidade significa tirar de 100 milhões de brasileiros o direito a uma internet livre."

O acesso à internet livre é um direito humano que proporciona estudos às pessoas... Não é um projeto de governo ou de oposição, mas do Brasil.

Quando decidirmos quando será o momento oportuno para o debate, o Congresso terá de decidir se ficará do lado de 100 milhões de pessoas ou contra elas, a favor da internet livre e neutra ou contra ela.”

Para assinar a petição online da Avaaz pelo Marco Civil, basta clicar aqui (sugestão: quem não quiser ficar recebendo e-mails da Avaaz após a assinar a petição, dê um e-mail alternativo, que seja verdadeiro, mas que você não use muito ou não seja o seu principal.)


domingo, 9 de março de 2014

São Paulo em Imagens – a Santa Casa




Clique nas imagens para ampliar


As fotos são de um dos mais bonitos complexos arquitetônicos da cidade de São Paulo, o prédio da Santa Casa, na rua Dona Veridiana, no bairro da Santa Cecília, onde estive hoje. É um lugar-símbolo da cidade, símbolo da Ciência (a medicina de alto nível, no caso) e da Arquitetura.

“A Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo é uma instituição filantrópica e privada considerada um dos mais importantes Centros de Referência Hospitalar do Estado de São Paulo”, diz o site da instituição.

Como paulistano, afirmo que é verdade, por experiência própria.

A Santa Casa de São Paulo, fundada em meados do século 16 (por volta de 1560), “já esteve alojada no Largo da Misericórdia, Chácara dos Ingleses e Rua da Glória, até ser inaugurado, em 1884, o Hospital Central no bairro de Santa Cecília”.

A instituição funciona, portanto, há 130 anos no complexo cujas fotos vão abaixo.
















Veja também da seção São Paulo em Imagens:

Viaduto do Chá

Estação da Luz

Escultura de fios

Verão na cidade

Outono na cidade

Nossa Senhora do Crack

quarta-feira, 5 de março de 2014

Favoritos do cinema (9): Os Imperdoáveis



Morgan Freeman e Clint Eastwood




A palavra “Faroeste” não quer dizer nada. Farwest (e consequentemente western) quer dizer bastante coisa.

Como já escrevi em post anterior, sobre Sergio Leone, às vezes é difícil entender por que alguém que é contra o imperialismo, a opressão e a cultura das armas gosta do western como gênero de cinema. Western que, entre nós, ficou conhecido pela aportuguesada, feia e burra expressão faroeste (do inglês far west, o oeste distante, o extremo oeste, em tradução livre, mas que comporta também o sentido metafórico do não-lugar, do lugar bíblico que se busca conquistar, seja por uma nação, seja por cidadãos).

O problema é a confusão que se faz entre arte e política. Se você, como eu, abomina a opressão, a cultura das armas e o imperialismo, mesmo assim, ou até por isso, veja Os Imperdoáveis (Unforgiven, 1992, de Clint Eastwood), um filme dos que eu levaria para uma ilha deserta para assistir às vezes, se eu fosse para uma ilha deserta onde houvesse energia elétrica para reproduzir um DVD...

Já escrevi posts para a série Favoritos do Cinema sobre filmes que estão longe de ser obras-primas. Os Imperdoáveis é uma obra-prima.

Não por acaso, vários importantes diretores de Hollywood fizeram questão de registrar sua visão do western. Tirando experts no gênero (por exemplo, o próprio Leone e John Ford), cito aqui três diretores contemporâneos que fizeram questão de fazer um western para constar de sua cinematografia: Quentin Tarantino (com Django, 2012), Jim Jarmusch (com Dead Man, de 1995) e o próprio Clint Eastwood, com Os Imperdoáveis.

Dos três, o filme de Eastwood (não por acaso dedicado a Don Siegel e Sergio Leone) é de longe o melhor. Um épico que trata ao mesmo tempo da história de uma nação e de um indivíduo, lembrando um pouco Tolstoi, um pouco Fernando Pessoa:

"O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia
."

Diferentemente dos citados filmes Dead Man de Jarmusch (baseado na poesia) e Django de Tarantino (que é uma paródia do western, quase uma comédia), Os Imperdoáveis não envereda pelo místico, nem pelo poético, nem por elucubrações metalinguísticas (observação: não dá para comparar o extraordinário Dead Man com o bom, mas limitado, Django).

Gene Hackman como o brutal Little Bill
Mas o filme de Clint Eastwood mostra a cruel, brutal realidade de um roteiro banal: numa cidade do oeste, uma prostituta é espancada e desfigurada por uns vaqueiros arruaceiros, com a complacência do xerife da cidade, Little Bill (Gene Hackman).

As prostitutas oferecem uma recompensa para matar os vaqueiros. A notícia chega a um antigo pistoleiro e assassino que, quando jovem, inspirado pelo whisky, fazia qualquer serviço, mas já não tem mais essas ganas. Hoje cuida dos filhos e de porcos em sua pequena propriedade. Não quer mais problemas. É um viúvo que foi libertado do vício do álcool pela mulher, enterrada no quintal de sua casa. Esse é Bill Munny (Clint Eastwood). Mas, seduzido pela oferta da recompensa, Munny procura um amigo para ajudá-lo nessa missão, Ned Logan (Morgan Freeman).

O roteiro de Os Imperdoáveis é banal, mas o resultado cala fundo. Não só pelo realismo que funde a busca do homem e da nação que ainda não tem identidade, mas também por achados narrativos, como o fato de sugerir um narrador, o jornalista (o sr. Beauchamp, interpretado por Saul Rubinek) que trabalha para quem paga ou encanta mais, e que no fim é o personagem mais importante da história, a quem ninguém deu importância, mas que é, afinal, aquele que contou a história. Western, literatura, realismo, cinema. (O que Clint Eastwood tem de grande é sua competência para fazer cinema: cinema, e não masturbações fílmicas.)

É magnífica a cena em que o jovem pistoleiro interpretado por Jaimz Woolvett tem uma crise de culpa por ter matado alguém. Acontece um diálogo digno de Shakespeare.

- Você sentia medo? – pergunta o rapaz, que acabara de matar o primeiro homem em sua vida, ao mito vivo que está à sua frente, Bill Munny (Eastwood), uma lenda do oeste.

– Matar um homem é uma coisa infernal. Você tira dele tudo o que ele tem e o que poderia vir a ser um dia – responde Munny, depois de dizer que não se lembra das coisas que fazia bêbado.

"Vim aqui para matar você, Little Bill"
Outra cena antológica, entre várias nesse filme antológico, já quase no fim do filme, é quando Munny (Eastwood) chega ao bar, no clima sombrio, com a chuva e os raios caindo, e anuncia ao xerife Little Bill (Hackman) por que está ali: “Eu já matei mulheres e crianças, já matei tudo o que anda e rasteja, e vim aqui para matar você, Little Bill”.

Fora tudo isso, a fotografia (Jack Green) e a direção de atores é monumental. O filme ganhou 4 Oscars: Melhor Filme, Melhor Diretor (Clint Eastwood), Melhor Ator Coadjuvante (Gene Hackman) e Melhor Montagem.

Não à toa.

Os imperdoáveis é um dos grandes filmes que vi, e que vale a pena ver, se a alma não é pequena.


Leia também, da série Favoritos do cinema: