quarta-feira, 30 de junho de 2010

Tabela das quartas da Copa do Mundo

Quartas-de-final

02/07 (sexta-feira)
11h - Holanda x Brasil
15h30 - Uruguai x Gana

03/07 (sábado)
11h - Argentina x Alemanha
15h30 – Paraguai x Espanha

Veja os resultados das oitavas clicando aqui.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Em anúncio na Folha, Extra se antecipa e tira Brasil da Copa

O Hipermercado Extra publicou um anúncio hoje, na página D11 do caderno Copa 2010, da Folha de S. Paulo, curiosíssimo: dá adeus à seleção brasileira, como se ela tivesse sido eliminada ontem pelo Chile (como sabemos, foi 3 a o para o Brasil).

A peça publicitária, certamente publicada por engano, deveria estar pronta em caso de derrota brasileira e deve ter entrado em lugar de outra com conteúdo vitorioso (a não ser que alguém acredite numa sinistra teoria da conspiração). Está abaixo.

O texto do anúncio diz: “A l qembu le sizwe sai do Mundial. Não do coração da gente”. E em letras menores (na foto abaixo, ilegível): “Na África, no idioma Zulu, I qembu le sizwe é SELEÇÃO. Valeu, Brasil. Nos vemos em 2014”.

Veja o anúncio:


Atualizado às 16h15

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Até que enfim Brasil pega a Holanda, um adversário decente

Depois desses 3 a 0 contra o medíocre Chile (jogo que, de tão fácil, dispensa comentários), finalmente o Brasil de Luis Fabiano vai pegar um adversário digno de uma Copa do Mundo, já nesta sexta-feira, às 11 horas, pelas quartas-de-final. A velha e boa rival Holanda, que bateu a Eslováquia por 2 a 1. De Brasil x Holanda sai um semifinalista para enfrentar Gana ou Uruguai, que jogam na mesma sexta, 2.

Brasil x Holanda é uma rivalidade antiga, em Copas do Mundo (não vamos entrar em História, invasões holandesas..., senão vira tese...). As seleções jogaram pela primeira vez em 1974, na Alemanha, quando o time então alcunhado de Laranja Mecânica (que encantou o mundo e a mim) ganhou do Brasil por 2 a 0, eliminando uma seleção envelhecida ainda treinada por Zagalo (que ainda não era Zagallo). Em 1994, a seleção de Parreira que veio a ser tetra eliminou a Holanda nas quartas por 3 a 2, com aquele gol espírita de Branco batendo falta.

Finalmente, em 1998, os caminhos se cruzaram novamente, e o Brasil outra vez treinado por Zagallo (agora já com “LL”) eliminou os holandeses na semifinal, nos pênaltis (1 a 1 na partida e na prorrogação). Na final, perdemos para a França em Paris por 3 a 0.

Laranja mecânica pragmática
O jogo contra a Holanda vai ser muito difícil. O time laranja, nesta Copa, abdica do futebol bonito para adotar um jogo pragmático cuja eficácia vai ser medida exatamente contra nós. Vi dois jogos da Holanda: a vitória de 2 a 0 sobre a Dinamarca na abertura do gupo E, e, em tape, hoje, o jogo com os eslovacos. O time holandês joga para vencer correndo poucos riscos, e de acordo com o adversário. Mas não pára de tocar a bola. Ganhou todas as suas quatro partidas: Dinamarca (2 a 0), Japão (1 a 0), Camarões (2 a 1) e Eslováquia (2 a 1). Sempre sem jogar bonito, mas com flashes bonitos (como o passe magistral de Sneijder para Robben fazer o primeiro contra a Eslováquia).

Vejam, abaixo, o contra-ataque holandês (atenção ao passe de Sneijder):



É estranha essa seleção holandesa, parece que calcula como vencer e mostra a parte técnica aos poucos, em conta-gotas, na medida do necessário. Com Robben (que, recuperando-se de lesão, jogou hoje pela primeira vez na Copa, deu dois chutes e fez um gol), o time encontra a referência que até aqui não teve no ataque.

O Brasil é o Brasil, favorito. Mas depende de que os quatro cavaleiros (Elano, Kaká, Luis Fabiano e Robinho) resolvam. Só os dois últimos estão bem fisicamente. Nenhum deles tem substituto à altura. Daniel Alves não tem condições de substituir Elano. É muito limitado, pelo menos nessa posição, pois não é um meia. Nosso lateral esquerdo, Michel Bastos, talvez o ponto mais fraco do time, é justamente o cara que o holandês Robben deve fustigar. No meio de campo, apesar de tudo, torço para que Felipe Melo esteja bem (física e mentalmente) e jogue, porque senão Dunga terá que optar por Josué ou Kléberson como volante, já que Ramires está suspenso.

Outra chave

Alemanha e Argentina fazem outro duelo de gigantes pelas quartas, no sábado. Paraguai x Japão e Espanha x Portugal ainda jogam nesta terça, 29, para fechar as oitavas. Desta chave, sai um finalista. Se o Brasil passar por Holanda nas quartas e, depois, por Uruguai ou Gana na semifinal, enfrentará na final Alemanha, Argentina ou Espanha. (Pelo futebol, espero que a Espanha de Iniesta, David Villa, Xabi Alonso e companhia mandem Portugal de volta para o além-Tejo já nesta sexta-feira.)

Fotos: Divulgação/Agência Vivo

Argentina x Alemanha vai ser de arrepiar

Pena que as lamentáveis arbitragens macularam os jogos deste domingo da Copa do Mundo. O futebol não deveria mais conviver com situações desse tipo. O mundo inteiro vê uma situação que poderia mudar a história da partida, mas vale o que o sistema autocrático do futebol manda: o trio de arbitragem.

A FIFA é uma entidade senil. Por que não se introduz um monitor para que, em lances capitais como esses, se possa fazer com que o jogo seja justo e limpo? Pelo menos numa Copa do Mundo?

Dito isso, a Alemanha realmente é um time bonito de ver. Os 4 a 1 contra a Inglaterra foram surpreendentes, até. Mas, como o jogo germânico encaixa perfeitamente quando o adversário precisa se abrir, os contra-ataques alemães fulminantes teriam acontecido se o gol inglês tivesse valido e a partida ficasse 2 a 2? Não sei.

A Argentina, pelo jogo em que bateu o México por 3 a 1, é menos empolgante, o Paulo tem razão no comentário ao post anterior. O México, que estava melhor do que os argentinos quando Tevez fez um gol em absoluto impedimento, teria se tornado tão vulnerável? Não sei.

De qualquer maneira, os argentinos foram muito superiores ao México e os alemães ganharam de uma Inglaterra limitada, que nem goleiro tem.

E Argentina x Alemanha vai ser um jogo de arrepiar. Aposto na Alemanha.

Copa do Mundo 2010

Oitavas-de-final

26/06 (sábado)
11h - Uruguai 2 x 1 Coreia do Sul
15h30 - Estados Unidos 1 x 2 Gana (na prorrogação)

27/06 (domingo)
11h - Alemanha 4 x 1 Inglaterra
15h30 - Argentina 3 x1 México

28/06 (segunda)
11h - Holanda 2 x 1 Eslováquia
15h30 - Brasil 3 x 0 Chile

29/06 (terça)
11h - Paraguai 0 x 0 Japão [5 x 3 nos pênaltis]
15h30 – Espanha 1 x 0 Portugal

Quartas-de-final

02/07 (sexta-feira)
11h - Holanda x Brasil
15h30 - Uruguai x Gana

03/07 (sábado)
11h -
Argentina x Alemanha
15h30 - Espanha x Paraguai

sábado, 26 de junho de 2010

Restam cinco campeões do mundo na África do Sul

Sete países já conquistaram a Copa. Com a eliminação de Itália e França na primeira fase (campeã e vice em 2006, respectivamente), passaram às oitavas-de-final cinco seleções campeãs do mundo: Brasil (cinco títulos), Alemanha (três), Uruguai e Argentina (dois cada) e Inglaterra (um). A Itália tem quatro conquistas e a França, uma.

O Uruguai já deu outro passo. Ao bater a Coreia do Sul por 2 a 1 neste sábado, 26 de junho, a Celeste disputa uma quarta-de-final contra Gana, que derrotou os Estados Unidos no mesmo dia também por 2 a 1, na prorrogação. Veja tabela abaixo.

Uruguai bate Coreia do Sul e faz as quartas com Gana

Os 18 títulos
Brasil: 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002
Itália: 1934, 1938, 1982 e 2006
Alemanha: 1954, 1974 e 1990
Uruguai: 1930 e 1950
Argentina: 1978 e 1986.
Inglaterra: 1966
França: 1998

*************

Copa do Mundo 2010

Oitavas-de-final

26/06 (sábado)
11h - Uruguai 2 x 1 Coreia do Sul
15h30 - Estados Unidos 1 x 2 Gana (na prorrogação)

27/06 (domingo)
11h - Alemanha x Inglaterra
15h30 - Argentina x México

28/06 (segunda)
11h - Holanda x Eslováquia
15h30 - Brasil x Chile

29/06 (terça)
11h - Paraguai x Japão
15h30 – Espanha x Portugal

Quartas-de-final

02/07 - 15h30 (sexta-feira)
Uruguai x Gana

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Brasil 0 x 0 Portugal prova
que Dunga convocou mal

Péssimo, esse Brasil 0 x 0 Portugal e provado está: sem Kaká, Robinho e Elano, o time brasileiro não cria rigorosamente nada.

Vivo/Divulgação

Sem esse trio, fica feio

Apontou-se o tempo todo que a seleção sem Kaká e Robinho fica sem criatividade, pelo menos os comentaristas que ouvi. É como se Elano não existisse, ou fosse incapaz de criar, ou não fizesse falta. Os jornalistas esportivos brasileiros não gostam ou não entendem o meia Elano (que também pode ser volante num mesmo jogo). Dos cinco gols brasileiros na Copa, ele marcou dois (contra Coréia do Norte e Costa do Marfim) e deu um passe para Maicon fazer outro, na estreia. Os passes, a inteligência no posicionamento, a visão de jogo, a bola parada sempre perigosa do ex-jogador do Santos e hoje no Galatasaray da Turquia parecem inexistir.

Outras observações

Felipe Melo não tem cérebro. Disputou com o português Pepe para ver quem seria expulso primeiro. Dunga percebeu que o brasileiro seria expulso e o tirou ainda no primeiro tempo para colocar o medíocre Josué. Se era para ter tantos volantes, por que não um melhorzinho, como Hernanes?

Ficou comprovado que Dunga, merecedor da simpatia dos brasileiros pela postura diante da TV Globo (leia aqui), convocou mal. Não há reservas para Kaká, Robinho e Elano; Daniel Alves no lugar deste último foi uma nulidade e ainda se confundiu, no posicionamento, com Maicon; Júlio Baptista parece um touro, e mais nada; Ramires, outro volante, só entrou (no lugar de Baptista) para fazer faltas; Luis Fabiano, à frente de um meio de campo incapaz de criar, nada fez; Nilmar pareceu perdido, apesar de quase ter feito um gol no primeiro tempo; Grafite, dizem que entrou em campo, mas eu não vi.

Lúcio ficou indignado com a premiação de Cristiano Ronaldo como melhor jogador em campo, pela FIFA. “É uma vergonha”, disse. Ouvi cronistas esportivos dizerem que Lúcio foi o melhor do Brasil. Não acho. No segundo tempo, quando Portugal, aos poucos, foi tomando conta do jogo e indo ao ataque, ele falhou duas ou três vezes. A melhor chance dos lusitanos saiu de uma disputa de bola justamente entre Lúcio e Ronaldo.

O zagueiro perdeu e, ao tentar tirar do atacante (foto), deu um passe involuntário (que não foi de Ronaldo, como se disse) para Raul Meirelles perder, graças à boa saída de Júlio César.

E foi só. O que não quer dizer que o Brasil não continua sendo um dos favoritos. Continua.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Eslováquia 3 x 2 Itália: um jogo para a história

Dessa vez, nem os deuses romanos salvaram a Itália. Mesmo ela tendo feito com a Eslováquia o melhor jogo desta Copa do Mundo. Não tecnicamente, mas em emoção. "Pouco jogo e muito coração", diz Corriere della Sera na imagem ao lado, em que Fábio Cannavaro consola um companheiro [a frase está na legenda, ilegível na imagem]. A partida que eliminou a seleção tetracampeã se revestiu das cores de uma ópera.

Os gols estão ao fim deste post. Vittek, aos 25 minutos do primeiro tempo, abriu o marcador para os eslovacos. Paraguai e Nova Zelândia não saíam do 0 a 0. Um empate bastava para a Itália. Ou seja, um gol. Grande parte dos torcedores, contrários ou a favor da Azzurra, se mantinham crentes de que a seleção de Marcello Lippi faria mais uma vez das suas. Mais: pelo celular, recebi uma mensagem dizendo: “A Itália vai fazer um gol no fim, o outro jogo vai ser 0 a 0 e a Azzurra se classifica”.

É o que achava praticamente todo mundo. Mas eis que o mesmo Vittek aumentou para 2 a 0 aos 28 da etapa final. “Já era”, pensou quem torcia pelos tetracampeões, e “ufa”, suspiraram os que torciam contra.

Mas Di Natale, aos 36, deu novas esperanças aos italianos no mundo todo, fazendo um gol parecido ao de Donovan pelos EUA ontem. E a ópera continuou. Aos 40, Di Natale cruzou da esquerda para Quagliarella mandar para as redes. Mas o juiz inglês Howard Webb, acatando marcação do bandeirinha, anulou. O italiano estava poucos centímetros impedido. Nesta Copa, os bandeirinhas são retranqueiros. Na dúvida, levantam o instrumento. E Kopunek, que acabara de entrar, aos 44, fez 3 a 1. Parecia ter matado o jogo. Fim.

Fim? Ainda não!, pois Quagliarella, aos 46, fez um golaço por cobertura. Os eslovacos, visivelmente perturbados, e os italianos, desesperados, ainda travaram uma batalha heróica que durou três ou quatro minutos.

E a ópera teria tido um inacreditável final feliz para a Azzurra se Pepe não tivesse perdido o gol da classificação numa bola alçada na área, que sobrou para ele, mais ou menos aos 50, depois de muita cera dos eslovacos.

São muitos os felizes pela derrocada italiana. Que, aliás, foi merecida, porque, para um time campeão do mundo, um empate contra a boa e aguerrida seleção do Paraguai (1 a 1) na primeira rodada pode até ser aceitável; mas empatar com a Nova Zelândia (1 a 1) jogando um futebol de terceira categoria e deixando, como sempre, para resolver na última partida, como em 1982, foi acreditar demais na paciência dos deuses.

Eu fico triste porque as oitavas-de-final de uma Copa do Mundo ficam mais pobres sem a Itália, como ficaria sem Argentina ou Brasil. E também pela parte italiana que, entre outros sangues, corre em minhas veias.

Veja os gols de Eslováquia 3 x 2 Itália:

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Nova pesquisa CNI/Ibope é pior para Serra do que parece

A pesquisa CNI/Ibope sobre a corrida presidencial divulgada nesta quarta-feira, 23, mostra um dado novo em relação à de março. A anterior só incluía os três principais candidatos: Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV). De março para junho, com esse cenário ainda irrealista, Dilma subiu de 33% para 40%; Serra caiu de 38% para 35%; e Marina Silva foi de 8% para 9%.

Só que – como notou o colunista da Folha de S. Paulo Fernando Rodrigues, em seu blog – a pesquisa de hoje é a primeira a incluir todos os candidatos nanicos que fazem o papel de figurantes, mas, na somatória, interferem na eleição, como Ciro Moura (PTC), Eymael (PSDC), Zé Maria (PSTU) e outros.

Com esse cenário, os números são ligeiramente diferentes, e ainda assim essa diferença favorece Dilma: com todos os candidatos na pesquisa, ela aparece com 38,2%, contra 32,3% de Serra. A diferença é de 5% pró-Dilma no levantamento de junho só com os três principais nomes, mas sobe para 5,9% no cenário mais real, com todos os postulantes.

Evidentemente, para Serra a notícia é pior ainda. Porque, claro, ter 35% seria muito melhor do que 32,3%, e com tendência de queda, ao contrário de Dilma, que vem crescendo paulatina e consistentemente há muitos meses.

Brasil de Dunga
E há previsões ainda mais pessimistas para o candidato tucano, mas essas menos matemáticas e mais sociológicas, digamos, e que dependem de o Brasil de Dunga ganhar a Copa do Mundo. Se o hexa vier, garantem esses futurologistas, a eleição pode se resolver no primeiro turno. Com a economia estável, o emprego crescendo e outros dados econômicos favoráveis, um clima de euforia só ajudaria a campanha daquela que o presidente apoia. Um presidente com 80% de aprovação e que, entre outras virtudes, é um torcedor típico.

Donovan faz justiça e, de quebra, manda covarde Eslovênia embora

Dramática, mas muito justa, a vitória dos Estados Unidos por 1 a 0 sobre a Argélia, com o gol de Landon Donovan aos 46 minutos do segundo tempo. Justa não só pela partida em si, pois os norte-americanos jogaram pela vitória, ofensivamente, com o coração; mas também porque o gol nos estertores da partida tirou das oitavas a Eslovênia.

Pela segunda rodada desse grupo C, dia 18, após estarem perdendo por 2 a 0 da mesma Eslovênia, os EUA reagiram espetacularmente, chegaram ao empate e só não conseguiram a virada histórica porque o árbitro Koman Coulibaly, do Mali, anulou um gol de Maurice Edu, aos 39 da segunda etapa. Até agora, ninguém sabe o que o juiz viu de ilegal no lance. Só pode ter sido má-fé.

Na rodada decisiva de hoje, os eslovenos mantiveram a postura conformada de um time covarde: com a derrota parcial que sofriam por 1 a 0 para a Inglaterra e o empate sem gols que teimava no jogo EUA x Argélia, a Eslovênia estava se classificando. Mas bastava só um golzinho esloveno contra os ingleses para não dependerem do outro jogo e mandarem os súditos da rainha para casa. Preferiram ficar na defesa. E o castigo merecido veio: o gol de raça do norte-americano Donovan no finzinho mandou os covardes eslovenos para casa (bem feito) e corrigiu o erro do árbitro contra o time americano na segunda rodada.

E outro motivo para saudarmos a vitória americana: segundo post do Futepoca, o futebol é mais um pretexto para a direita dos Estados Unidos atacar Barack Obama. Segundo os direitistas de lá, "futebol é um jogo de pobre". E mais: "a esquerda está impondo o ensino de futebol nas escolas americanas" e "a América está se "amarronzando".

Veja o gol de EUA 1 x 0 Argélia



Uruguai e México: mais justiça

Ontem, com os resultados México 0 x 1 Uruguai e França 1 x 2 África do Sul, o grupo A definiu-se com o Uruguai (1°) e México (2°) classificados. Aqui, mais uma vez a Justiça passeou nos gramados. O Uruguai é a melhor surpresa para mim nesta Copa. Jogando um futebol bonito, eficiente e clássico, não tomou nenhum gol na primeira fase, conseguindo um empate (0 a 0 com a França) e duas vitórias, contra África do Sul (3 a 0) e México (1 a 0), time este que também merece estar nas oitavas.

Hermanos

Mas, nas oitavas, os mexicanos encaram ninguém menos que a Argentina, franca favorita, pelo belo futebol que vem jogando. Contra a Grécia, pela definição do grupo A, também ontem, com 7 reservas, os Hermanos ganharam fácil, com show de Messi. Pelo mesmo grupo, a Coréia empatou com a decepcionante Nigéria (2 a 2) e ficou com a segunda vaga. Entre Grécia, Nigéria e Coréia, tanto faz. São todos muito ruins. Sorte do Uruguai, que encara os coreanos pelas oitavas e já pode ir pensando nas quartas-de-final.

PS: Alemanha se classifica bem, num grupo péssimo (atualizado às 17h33)

Com Gana 0 x 1 Alemanha e a zebra Austrália 2 x 1 Sérvia, à tarde, os germânicos, que começaram arrasando, terminaram esta fase como decepção, classificando-se em primeiro lugar e Gana, em segundo, no grupo D.
Depois que a Austrália fez 2 a 0 na Sérvia, Alemanha e Gana, que já estava 1 a 0, virou um jogo de compadres. Feio. Esse me pareceu o pior grupo da Copa.
Agora, alemães enfrentam a Inglaterra, enquanto Gana pega os EUA. Aposto em Inglaterra e Estados Unidos. Nem Alemanha nem Gana mereciam disputar oitavas-de-final de uma Copa do Mundo.
Entre os africanos, só Gana se salvou. África do Sul, Nigéria e Camarões já deram adeus. Costa do Marfim tem chances matemáticas no grupo do Brasil.

Oitavas-de-final:

26/06 (sábado)

11h - Uruguai x Coreia do Sul
15h30 - Estados Unidos x Gana

27/06 (domingo)
11h - Alemanha x Inglaterra
15h30 - Argentina x México

terça-feira, 22 de junho de 2010

Dunga x Alex Escobar, jornalismo e seleção brasileira

Ontem assisti aos dois programas televisivos de resenha sobre a Copa do Mundo nos canais pagos ESPN Brasil e Sportv. A bancada do programa “Linha de Passe”, do primeiro, formada por PVC, João Palomino, Paulo Soares e Fernando Calazans, de competência inconteste, passou grande parte do programa criticando Dunga e sua agressão ao jornalista Alex Escobar (veja abaixo), da concorrente TV Globo, além dos xingamentos do treinador logo depois do apito final do lamentável juiz francês Stephane Lannoy contra a Costa do Marfim.


Enquanto os jornalistas da ESPN insistiam no assunto, a bancada do Sportv (com Luiz Carlos Jr., Paulo César Vasconcellos, André Rizek e Lédio Carmona), do programa “Seleção Sportv”, afastou-se das futricas e se ocupou do que interessa mais ao público: análises dos próximos jogos da Copa, reportagens e imagens. Uns pequenos bate-bocas entre Carmona e Rizek apimentaram o programa.

Por trás do conflito aparentemente pontual entre Dunga e Escobar, na coletiva realizada após a vitória do Brasil [contra a Costa do Marfim por 3 a 1], domingo, há um aspecto pouco observado por alguns jornalistas bem intencionados e, ao mesmo tempo, ingênuos. A abordagem do “Linha de Passe” da ESPN se prestou ao papel de colocar seus profissionais como corporativistas ou inocentes úteis, aos olhos de boa parte do público.

Já que queria tanto abordar o tema, O “Linha de Passe” poderia ter informado, ao menos, o que está por trás de toda a celeuma, o que faz o UOL Esporte em matéria de hoje. “A Globo negociou diretamente com Ricardo Teixeira, presidente da CBF, entrevistas exclusivas com três jogadores da seleção, entre os quais Luis Fabiano”, que seriam exibidas no Fantástico. Segundo a matéria, de Mauricio Stycer, Dunga vetou o privilégio, para desespero do assessor de imprensa da própria CBF, Rodrigo Paiva, ainda de acordo com o UOL.

Ora, por mais condenável que seja a postura de Dunga, ele acabou agindo exatamente na direção do que muita gente, inclusive da ESPN Brasil, sempre pediu: tratamento igual, “não” aos privilégios da Globo, ética nas relações CBF e imprensa.

De qualquer maneira, o comportamento grosseiro de Dunga na beira do campo e na coletiva, após o jogo, tem lá, também, suas justificativas:

1) precisaria ter sangue de barata para assistir à pancadaria da Costa do Marfim contra seus atletas, com a complacência do árbitro, e não reagir. Elano e também Michel Bastos por pouco não tiveram as pernas quebradas pelos "jogadores" marfinenses.
O marfinense não levou sequer cartão amarelo

2) na coletiva, aconteceu aquilo a que comumente se dá com as pessoas de sangue quente: Dunga está certo ao negar privilégios à TV Globo, mas erra pela forma e acaba perdendo a razão.

Só que, aos olhos de muitas pessoas que tenho lido comentar em blogs por aí e no próprio You Tube, não são poucos os que estão do lado de Dunga, que, por seu comportamento e, principalmente por confrontar interesses nunca dantes confrontados, não deve continuar no comando após a Copa, ganhe ou perca.

domingo, 20 de junho de 2010

Balanço da Copa do Mundo [2] – após Brasil 3 x 1 Costa do Marfim

Brasil 3 x 1 Costa do Marfim foi revelador de dois fatos:

1) depois de sua segunda partida, a seleção de Dunga é mais favorita do que antes de começar a Copa do Mundo. Ao contrário dos outros bicho-papões, o Brasil mostra a que veio. A vitória sobre a Costa do Marfim foi tão incontestável que o gol de placa de Luís Fabiano, o segundo dele e do time, foi tão ilegal quanto irrelevante para a vitória brasileira, que teria acontecido de qualquer maneira;

Camarões de Eto'o já caiu
2) é triste a performance dos times africanos nesta Copa, realizada na África. O primeiro time a ser desclassificado entre todos os 32 foi Camarões, do craque Eto'o (foto) . Dona da casa, a África do Sul está virtualmente eliminada. Mesmo que ganhe da França (e deve ganhar, pelo clima degradante na seleção francesa), ficará fora. Só Gana, no grupo D (da Alemanha), lidera e vai bem, mas, se perder dos germânicos na última rodada, pode perder a vaga para a Sérvia, se esta bater a Austrália (o que não é difícil, convenhamos).

Coices
Contra o Brasil, a Costa do Marfim fez um dos jogos mais violentos que eu vi nas últimas copas. Nesta, com certeza, foi o mais violento (Portugal e Holanda, em 2006, também ficou na história como um festival de pancadaria). Repito: triste, até porque sou fã do astro deles, Didier Drogba. Mas os martinenses, que deram coices o jogo todo, não quebraram a perna de Elano e Michel Bastos por pouco. O árbitro francês colaborou com a violência. E ainda expulsou Kaká. Ridículo.

Veja os gols:



Seleções latino-americanas mandam bem
Futebol por futebol, Argentina e Brasil se credenciam ao título mais do que todos, terminada a segunda rodada. E este Mundial apresenta um dado interessante: enquanto europeus e africanos patinam e apresentam um futebol medíocre (eu nem conto os asiáticos), os latino-americanos vão em frente.

- Pelo grupo A, o Uruguai meteu 3 a 0 na África do Sul com incontestável autoridade e o México destruiu a França por 2 a 0, e foi pouco. México e Uruguai se enfrentam dia 22: um empate classifica os dois times, eliminando França e África do Sul (acho que não será um jogo de compadres porque os mexicanos precisam vencer para não pegar a Argentina logo de cara, nas oitavas). Mesmo que haja um vencedor no jogo Uruguai x México, a África do Sul teria de tirar uma diferença de seu péssimo saldo de gols: os Bafana Bafana têm -3, contra +2 do México e +3 do Uruguai.;

- no grupo F, o Paraguai, líder com 4 pontos, depende de um empate contra a medonha Nova Zelândia (que a Itália foi incapaz de vencer neste domingo). Empatando, os guaranis se classificam às oitavas;

- pelo grupo H, o Chile, que venceu Honduras por 1 a 0 na primeira rodada, joga com a Suíça na manhã desta segunda-feira (11 horas), no segundo round. Vale lembrar que, por este grupo, a Suíça ganhou da Espanha por 1 a 0. Às 15h30, Honduras x Espanha fazem o outro jogo do grupo.

- Tudo isso para não falar de Argentina (grupo B) e Brasil (grupo G). São os dois grandes times que estou vendo jogar. Continuando nos campeões mundiais, além do Brasil de Kaká e Robinho e da Argentina de Messi e Verón (foto), gosto do time do Uruguai. A seleção da França dá pena. A Inglaterra decepciona até os não-ingleses; a Alemanha começou impressionando, mas a derrota para a Sérvia por 1 a 0 coloca os germânicos, cujo time é bom, mas jovem e inexperiente, em situação preocupante; e a Itália é a Itália, capaz de se classificar de novo na bacia das almas e...

Mudando de assunto: Holanda (já classificada) e Espanha continuam sendo incógnitas. Tenho dito.


sexta-feira, 18 de junho de 2010

Nota sobre José Saramago

Hoje o mundo inteiro se comoveu com a morte de José Saramago, aos 87 anos. O cineasta Fernando Meirelles, que adaptou o livro Ensaio sobre a Cegueira para o cinema, foi o campeão do clichê, que honestamente ele mesmo admitiu: "A lucidez naquele grau é um privilégio de poucos, não consigo fugir do clichê, mas definitivamente o mundo ficou ainda mais burro e mais cego hoje", disse Meirelles, segundo a AFP.

Não se pode falar levianamente de José Saramago. Mas não sou adepto da mitificação do autor de O Evangelho segundo Jesus Cristo. Construiu-se uma aura de infalibilidade político-literária em torno do escritor português que me parece falsa. Não simpatizo com a persona Saramago. E não seria agora, que ele morreu, que eu mudaria de opinião, não é?

O acima citado Ensaio sobre a Cegueira é de fato inquietante, bem construído. Mas, quando o li, foi para mim inevitável o paralelo com No País das Últimas Coisas, de Paul Auster, que, como sincronicidade junguiana, li por acaso na mesma época. As duas obras são relatos metafóricos do caos num mundo apocalíptico, onde os hábitos e os desejos deixam de ter sentido, e a própria condição humana se fragmenta. Mas, no livro de Auster, essa realidade não está impregnada da prolixidade lusitana de Saramago, cujo Ensaio sobre a Cegueira seria uma obra mais bem resolvida se tivesse cerca de 60 páginas a menos.

No País das Últimas Coisas é cabal, implacável; alegórico, e, no entanto, realista (uma solução narrativa muito difícil de se conseguir). Ensaio sobre a Cegueira é alegórico e irrealista. (Neste parágrafo não faço nenhum julgamento de valor, é só uma constatação.)

Outra coisa que me incomoda é que Saramago parece ter virado unanimemente sinônimo de genialidade, mas parece que os chamados críticos se esqueceram de Gabriel García Márquez e Jorge Amado, literariamente muito superiores ao autor lusitano, pela capacidade, eu diria, sobrenatural com que o colombiano e o baiano elaboraram a prosa autêntica, culturalmente visceral e anti-moralista que vemos em obras como Cien Años de Soledad ou Gabriela Cravo e Canela, por exemplo. Mas a intelligentzia da USP não aprecia Jorge Amado. Cult é Saramago, que é europeu e defende La Habana de Fidel. Azar de quem acredita na intelligentzia da USP.

Falo isso com tranqüilidade, porque a morte de José Saramago não acrescenta nem tira nada de sua obra e de sua história, que são grandes, embora questionáveis. Eu ia dizer que, se chegasse ao céu, Saramago ia ser obrigado a ter umas aulas com Jorge Amado, sobre certas coisas que não se aprende nos livros. Mas talvez eles não se encontrem no céu, e sim no inferno apresentado por Virgílio aos condenados, segundo Dante. Afinal, Amado pertencia ao panteão dos Orixás e Saramago era ateu.


quinta-feira, 17 de junho de 2010

Copa da África encobre conflitos étnicos e desigualdade

Por Felipe Cabañas

Nada contra a Copa do Mundo. Nada contra o futebol, principalmente. Como grande parte da população brasileira, sou sensível ao que acontece dentro das quatro linhas, tenho um time do coração, gosto de jogar uma pelada com os amigos e cornetar o time alheio. Acho, também, que o futebol é um dado importante de compreensão da sociedade brasileira. Como afirma Gabriel Cohn, “Sociólogo no Brasil que não tiver os fundilhos das calças puídas pelas arquibancadas não entenderá este país”.

O estádio Soccer City, em Johannesburgo

Portanto, não quero cornetar a alegria popular. Mas sempre procuro vasculhar para ver o que acho por trás do espetáculo, o que fica encoberto pelo show publicitário e pelo discurso demagógico de união global que, em época de Copa, encontramos na propaganda e no “showrnalismo”.

Mais ou menos no meio do ano passado, os trabalhadores da construção civil da África do Sul entraram em greve e paralisaram as obras nos estádios da Copa. Há cerca de dois meses, foi a vez dos funcionários públicos sul-africanos entrarem em greve, aproveitando, com justa razão, os holofotes para se manifestarem por melhores condições de salários. Após o jogo Alemanha 4 x 0 Austrália, domingo, centenas de trabalhadores protestaram, desta vez contra a FIFA, por conta de atrasos nos pagamentos.

A África do Sul pós-apartheid continua uma nação dividida. Ainda há um movimento separatista africâner – os sul-africanos descendentes de holandeses –, cujo líder, Eugene Terreblanche, foi assassinado no início de abril, supostamente por dois empregados e por uma questão de dinheiro. Mas o governo acendeu o sinal amarelo e procurou imediatamente conter uma possível onda de ódio e conflitos raciais.

Brasil

Um pouco menos de show e um pouco mais de discussão política nesse período faria bem. Já temo que o Brasil comece a passar sua maquiagem para receber a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Se os dois eventos forem somente maquiagem e “showrnalismo”, temo que não nos farão nada bem do ponto de vista político e social.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Zebra suíça e aula uruguaia

Como disse no primeiro post sobre a Copa do Mundo, até domingo os jogos que, por um motivo ou outro, eu tinha gostado nos primeiros três dias da competição foram África do Sul 1 x1 México, Argentina 1 x 0 Nigéria e Uruguai 0 x 0 França.

Terminada a primeira rodada, eu acrescentaria a essa pequena lista Espanha 0 x 1 Suíça. Não que tenha sido um jogo de encantar. Mas, por toda a expectativa que cercava a Espanha, a partida foi bem interessante. E uma zebra é sempre digna de nota.

Diante do ferrolho armado pela seleção suíça, a Espanha de Iniesta, Villa, Xabi Alonso e Fernando Torres decepcionou e manteve o estigma de perdedora. Preciosistas, os comandados de Vicente Del Bosque tocaram muito e chutaram pouco e chegaram a perder gols que poderiam ter feito, se fossem mais objetivos, ao invés de tentar marcar golaços que não saíram.

Uruguai cala as vuvuzelas
Já na abertura da segunda rodada, grande apresentação do Uruguai, contra os donos da casa. Finalmente um jogo decente, depois de tantos outros horríveis que vimos nessa Copa. A Celeste bateu inapelavelmente a África do Sul por 3 a 0, em Pretória, com atuação brilhante de Diego Forlán, autor de dois gols, jogando mais recuado, armando as jogadas. A defesa comandada por Lugano foi quase intransponível.

Veja os gols de África do Sul 0 x 3 Uruguai



O que mais surpreendeu, provavelmente até mesmo Carlos Alberto Parreira, foi a postura ofensiva do Uruguai. Depois da Alemanha, a Celeste fez a melhor apresentação de um time neste Mundial, taticamente muito bem postada, jogando com vibração, dominando os atônitos comandados de Parreira do início ao fim da partida. E os Bafana Bafana praticamente deram adeus ao mundial que sediam. E eu errei a previsão de que, nesse equilibrado grupo A, a África do Sul se classificaria.

Mesmo diante desse massacre técnico-tático, claro que haveria quem, como André Lofredo, do Sportv, atribuísse a vitória uruguaia a um erro da arbitragem, por não ter dado impedimento no lance que originou o pênalti e a expulsão do goleiro africano Khune. Mas Lofredo se esqueceu de dizer que Dikgacoi, da África do Sul, quase quebrou o tornozelo de Fucile, num criminoso carrinho lateral, e o juiz suíço Massimo Bussaca sequer deu cartão amarelo para o sul-africano, até porque Dikgacoi já tinha recebido o amarelo e teria de ser expulso. Além disso, houve um pênalti não marcado para o time sul-americano quando ainda estava 1 a 0.

Agora, França e México fazem a segunda partida da rodada às 15h30 desta quinta-feira. No encerramento da chave A, África do Sul x França e México x Uruguai, no dia 22, terça-feira, ambos os jogos às 11 horas.

Futebol da seleção de Dunga promete sofrimento

Márcia Feitosa/VIPCOMM
Kaká, o insubstituível (quem o substituiria entre os 23?), não apareceu. O time de Dunga jogou com três (três) volantes contra a Coréia do Norte: Felipe Melo, Elano e Gilberto Silva. O nome deste último mal foi ouvido nos 90 minutos de jogo. Uma nulidade diante de uma retranca militar.

Robinho (que saudade do Santos!) jogou bem, tentou, solitário num deserto; deu até o passe
magistral para Elano fazer o segundo gol, mas lutou sem apoio de um meio de campo lamentável e na companhia de um Luís Fabiano fora de forma e apático.

O goleiro norte-coreano não fez sequer uma (uma) defesa no primeiro tempo, que acabou 0 a 0.

Aos 10min do segundo tempo, Maicon fez um gol espírita para abrir a porteira do exército vermelho e consolidar uma vitória que, como diria Nelson Rodrigues, já estava escrita nas estrelas, mas aconteceu de maneira pobre e decepcionante. Elano fez 2 a 0 aos 26 e Ji Yun Nan descontou aos 42. Com certeza, Ji Yun Nan entra para a história da Coréia stalinista.

Citando Paulo Vinícius Coelho: a Itália empatou com o Paraguai; a Holanda ganhou da Dinamarca; a Argentina bateu a Nigéria, que tem tradição; a Inglaterra empatou com os Estados Unidos, que não são bobos (digo eu).

E o Brasil de Dunga? Se empatar com Portugal ou Costa do Marfim, vai ficar numa situação complexa. Não sei não. Era o que eu tinha a dizer sobre a estréia da seleção brasileira na África do Sul.

Veja os gols de Brasil 2 x 1 Coréia do Norte:

terça-feira, 15 de junho de 2010

Destaque para a medicina em mais um jogo da Copa do medo

Praticamente não há o que comentar para mais esse jogo pavoroso da Copa, Costa do Marfim 0 x 0 Portugal.

O destaque da partida foi a medicina: Didier Drogba (de quem eu sou fã), o astro da seleção martinense e do Chelsea da Inglaterra, fraturou o cotovelo dia 4 de junho, há 11 dias portanto, e entrou em campo no segundo tempo do jogo. Inacreditável.

Mas foi mais um jogo do medo. Medo de tomar gols, medo paralisante dos dois times. Cristiano Ronaldo, o craque português, mandou uma bomba na trave logo aos 10min. Mas foi só.

A Costa do Marfim foi à frente, timidamente, no início do segundo tempo, e Drogba poderia ter desempatado no finzinho, quando os africanos foram à frente, mas em vez de chutar, o craque cruzou para ninguém.

E foi só.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Laranja mecânica sem brilho e a Itália de sempre, piorada

Holanda 2 x 0 Dinamarca. Quem esperava futebol bonito, viu uma partida amarrada e sem criatividade. A Copa do Mundo continua decepcionante.

Reprodução

Holandesas comemoram

Na vitória em sua estréia, o time holandês, treinado por Bert van Marwijk, demonstrou uma aplicação que faltou nas campanhas que encantaram os amantes do ludopédio, sobretudo a de 1974, aquela engrenagem de Cruif, Neeskens e companhia. Por outro lado, falta talento à atual esquadra holandesa. Van Persie (que joga no Arsenal) e Wesley Sjneider (Inter de Milão), pelo menos nesse primeiro jogo, decepcionaram. A vitória começou a 40 segundos da segunda etapa, quando a Holanda achou o gol numa lambança da zaga dinamarquesa, que marcou contra.

O time laranja, desfalcado de seu maior talento ofensivo, Arjen Robben, que se recupera de lesão, só teve alguns lampejos de agressividade e talento após as entradas do negão Eljero Elia (no lugar de van der Vaart) e do jovem Ibrahim Affelay (para sair o mascarado van Persie). Os holandeses passaram a ter, com Elia, jogadas agudas pela esquerda. Até então, o time só se enroscava pelo meio, sem sucesso. Aos 40min, Kuyt decretou a vitória, justa mas sem brilho, em rebote da trave após chute do próprio Elia.

Como estou de férias, o que fiz depois do matinal Holanda 2 x 0 Dinamarca? Dormi. Ainda bem. Fiquei sabendo que Japão 1 x 0 Camarões foi mesmo digno de sono.

E a Itália...
Os atuais campeões do mundo começaram como manda a tradição, empatando em 1 a 1 com o Paraguai, num jogo ainda pior do que Holanda e Dinamarca. O meio de campo da Azurra, desfalcada de Pirlo, contundido, é acéfalo.

Veja os gols de Itália 1 x 1 Paraguai




O futebol italiano, tradicionalmente, sempre apresenta talentos para temperar seu jogo defensivista e, nesse esquema, eficiente. Roberto Baggio, Totti, Del Piero são exemplos de jogadores que desequilibravam em seleções passadas. Mas, nesta, nada. Só marcação, e nenhuma criatividade.

Já o Paraguai, diante dessa Itália forte mas ofensivamente nula, poderia ter saído com a vitória, não fosse a falha do goleiro Villar. Os sul-americanos venciam por 1 a 0, gol marcado aos 38min do primeiro tempo por Alcaraz, que ganhou pelo alto da forte zaga italiana. Mas, após cobrança de escanteio aos 17 min do 2º tempo, Villar saiu caçando borboleta, não achou nada e De Rossi achou a bola. 1 a 1. O empate retrata o jogo, mas um placar de 0 a 0 seria mais fiel ao que se viu em campo: muita disposição e luta pela bola, nenhuma técnica e raríssimos chutes a gol.

Bom resultado para os paraguaios contra os tetracampeões e, para a Itália, um começo ruim. O que é normal. Em 1982, a campanha italiana na fase de grupos foi péssima: três empates, contra Polônia (0 a 0), Peru (1 a 1) e Camarões (1 a 1). Depois, eliminou Argentina e o Brasil de Telê Santana na segunda fase e acabou campeã batendo a Polônia (2 a 0) na semifinal e Alemanha (3 a 1) na final.

domingo, 13 de junho de 2010

Balanço da Copa: Alemanha impressiona; Tshabalala, da África do Sul, faz o gol mais bonito até aqui

Nos três primeiros dias da Copa do Mundo na África do Sul, poucos jogos se salvaram. Nenhuma grande partida. Gostei de África do Sul 1 x1 México, Argentina 1 x 0 Nigéria e Uruguai 0 x 0 França, pelos motivos abaixo. Mas nada de encantar.

O time que mais jogou futebol foi, claro, a Alemanha, que impôs 4 a 0 sobre a ridícula Austrália. Mas a agressividade e objetividade dos germânicos desde já deixam todos os concorrentes com as barbas de molho. A camisa alemã é coisa séria. Com média de idade de cerca de 25 anos, a jovem esquadra do técnico Joachim Löw impressionou pela sede de gols e a quase perfeição tática. Lahm, Podolski, Müller, Ozil, Klose... Esse time pode surpreendentemente ser uma das sensações da Copa. No grupo D, com Grécia, Austrália e Gana, é barbada.

Os Bafana Bafana
África do Sul 1 x1 México pelo grupo A foi bom de ver, embora tecnicamente fraco, com os mexicanos se impondo e encurralando os Bafana Bafana na primeira etapa. Porém, o México não fez, e tomou no segundo tempo logo aos 9min, num lindo contra-ataque com passes de primeira: Tshabalala recebeu pela esquerda e chutou no ângulo, cruzado, fazendo o gol mais bonito da Copa até aqui, para mim. Aliás, o primeiro do Mundial.

O time de Carlos Alberto Parreira dominou o segundo tempo e poderia ter matado o jogo, mas sofreu o empate aos 34. O gol do mexicano Rafa Márquez (que joga no Barcelona) fez justiça ao placar. Destaque para o perigoso e hábil Giovani dos Santos, brasileiro naturalizado mexicano. Apesar da bela vitória alemã, destaco então África do Sul 1 x 1 México como o jogo desses três primeiros dias.

Veja os gols de Tshabalala da África do Sul e Rafa Marquez do México




Os hermanos

O tradicional futebol argentino, que reúne raça e técnica e sempre conta com um craque (Messi, no atual time de Maradona), se resumiu ao primeiro tempo na vitória suada, mas merecida, contra os nigerianos por 1 a 0, no domingo. Na segunda etapa, o preparo físico da Argentina acabou, e a Nigéria poderia ter empatado. O triunfo foi conseguido com um golaço de Heinze logos ao 7min, de cabeça. O domínio da seleção sul-americana foi quase total nos primeiros 45 minutos, e Messi mostrou que não joga só no Barcelona.

A questão é: será que os argentinos estão fazendo muito sexo ou estão fisicamente mal preparados mesmo? Na hora do mata-mata, esse “fôlego” pode ser fatal. Mas, num grupo que ainda tem Coréia do Sul e Grécia, a equipe comandada dentro de campo pelo impressionante Verón deve se classificar com facilidade. Depois é que o bicho pega.

Jogo de campeões do mundo
Já o futebol do 0 a 0 entre França e Uruguai, pelo mesmo grupo A, na sexta, não encantou ninguém, mas foi pra mim uma partida empolgante. Dois campeões do mundo, num jogo de estréia, não poderiam fazer mesmo senão um duelo extremamente disputado, pegado, calculado, como um jogo de xadrez. A França pressionou muito no fim, esteve a ponto de marcar, mas não conseguiu vencer a forte defesa uruguaia comandada por Diego Lugano. Achei o time francês melhor do que esperava. A equipe Celeste também poderia ter vencido, com seu tradicional contra-ataque.

O grupo A é imprevisível. Entre África do Sul, França, Uruguai e México, acho que uma vaga é dos Bafana Bafana, por jogar em casa e pela experiência de Parreira, que, porém, tem que trabalhar com um futebol naturalmente alegre (como será isso para Parreira?), mas um pouco inocente.

Inglaterra 1 x 1 EUA

Vi pouco desse jogo. O suficiente para confirmar que o defensivo mas eficiente futebol norte-americano dará trabalho. Os ingleses, favoritos, pressionaram, mas pararam no ótimo goleiro Tim Howard, enquanto seu próprio arqueiro, Green, protagonizou o primeiro frango da competição. Coitado.

A Inglaterra, para mim, ainda é uma incógnita.

Segunda-feira de bons jogos
Nesta segunda, dois jogos são especiais neste início de Copa do Mundo: às 8h30, Holanda x Dinamarca, pelo grupo E, que terá Japão x Camarões às 11h. A Laranja Mecânica é sempre uma atração à parte. Gosto de assistir. E, às 15h30, a atual campeã Itália pega o Paraguai pelo grupo F, jogo muito interessante, que ainda tem Nova Zelância e Eslováquia (jogam na terça).

Apenas na quarta-feira, 16, poderemos conferir se a decantada seleção da Espanha vai confirmar as expectativas, na partida contra a Suíça, às 11 horas. Antes, na terça, entra em campo o time de Dunga contra os norte-coreanos.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Kleber é um grande atacante. Mas não é nenhum Edmundo

Kleber (esq.) e Diego: um sai, outro volta
Por Paulo Maretti

O presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo, tem viagem prevista para os Emirados Árabes durante a Copa do Mundo com o objetivo de trazer de volta o atacante chileno Valdívia. O clube parece determinado na tentativa de remontar o ataque campeão paulista de 2008 e de entregá-lo nas mãos de Luiz Felipe Scolari, que mostra interesse em retornar à maior cidade do país. Esse pacote de contratações parece ser o sonho de Belluzzo no último semestre de seu polêmico mandato como presidente do Verdão.

Na última quarta-feira, dia 9, o Palmeiras apresentou ao público e à imprensa o também polêmico atacante Kleber, adquirindo 50% de seus direitos federativos por três milhões de euros junto ao Cruzeiro de Belo Horizonte. E como quase tudo no Palmeiras, de uns anos pra cá, tem sido mesmo polêmico, a entrevista do ex-atacante cruzeirense também teria de ser, pra não fugir do script.

Ele, na verdade, foi polêmico, corajoso até, e ao mesmo tempo óbvio: em resumo, disse que estava voltando pra casa, que não é deus e que o Palmeiras precisa de mais reforços. Precisa. Contratou Kleber. Parabéns ao Palmeiras, Kleber é um grande atacante, é fato. Mas não é nenhum Edmundo, não. E necessita de suporte dentro de campo pra não virar um suporte político para a situação angariar votos nas eleições do clube em janeiro.

Teve passagem marcante pelo Cruzeiro, por um lado; mas, por outro, comprometeu a equipe mineira, por exemplo, em dois jogos decisivos de Libertadores: em 2009, no jogo de ida contra o Estudiantes, em La Plata, perdeu o gol do título.

Com um zagueiro e as traves na frente, da marca do pênalti, e a partida em 0 a 0, chutou pra fora, no último minuto. E agora, em 2010, deu um tapa na cara do Richarlyson, contra o São Paulo, e foi expulso a um minuto de um jogo em que o Cruzeiro precisava vencer por dois gols de diferença no Morumbi. Então dirigentes cruzeirenses disseram que não tinham como segurar o jogador porque ele queria voltar ao Palmeiras a qualquer custo. Tomara seja isso. Será?

Ou o Palmeiras deveria revelar Gilsinho e Ramos, das categorias de base, que comeram a bola no paulista de juniores e na Copinha em 2010, tirar Diego da geladeira e tentar trazer Felipão pra ser o comandante de algo novo?

Kleber, em sua primeira passagem pelo Palestra, era incansável, jamais perdia a bola sem recuperá-la depois. Vamos saber em breve se quem o inspirava pra isso era o Palmeiras ou se era só um momento de sua carreira.

Foto: Eduardo Metroviche

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Adiada votação para alienar área pública de Porto Alegre

O governo de Yeda Crusius (PSDB), do Rio Grande do Sul, não conseguiu aprovar a alienação de uma área pública, o morro Santa Teresa, "como forma de viabilizar a descentralização dos serviços de atendimento a menores infratores na capital", segundo o jornal JÁ, de Porto Alegre. É uma tentativa de, na prática, ceder ao capital privado da especulação imobiliária.

A votação na Assembleia Legislativa foi adiada na quarta-feira, 9. Leia no jornal online.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Saudações de Porto Alegre

Estou de férias em Porto Alegre, onde, no momento, escrevo este post, na redação do jornal JÁ, que acabo de conhecer, na companhia dos editores Elmar Bones e Patrícia Marini, velha amiga das batalhas jornalísticas paulistanas, que resolveu voltar às origens gaúchas há seis anos.

O rio Guaíba, ao pôr do sol/F oto: Carmem Machado

Hoje houve uma passeata dos movimentos sociais contra a intenção da governadora Yeda Crusius (PSDB) de vender o Morro Santa Teresa, à beira do rio Guaíba, para satisfazer o mercado imobiliário. O velho privatismo tucano em ação em POA. A iniciativa é considerada um crime pela população mais ligada à cidade, assim como pelos movimentos sociais. O morro foi doado à cidade por Dom Pedro II.

Pessimista, Elmar Bones acha que o projeto, previsto para ser votado amanhã na Assembléia Legislativa, acabe sendo aprovado. O lobby é forte. Eu, que não sou de Porto Alegre, torço para que não o seja.
Até breve. Vamos para Bento Gonçalves, tomar um pouco de vinho. Em outra ocasião volto a falar dos combativos Elmar Bones e Patrícia Marini.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Pensamento para sexta-feira [6] – aos palmeirenses


ADEMIR DA GUIA



Ademir impõe com seu jogo
o ritmo do chumbo (e o peso),
da lesma, da câmara lenta,
do homem dentro do pesadelo.

Ritmo líquido se infiltrando
no adversário, grosso, de dentro,
impondo-lhe o que ele deseja,
mandando nele, apodrecendo-o.

Ritmo morno, de andar na areia,
de água doente de alagados,
entorpecendo e então atando
o mais irrequieto adversário.


João Cabral de Melo Neto
(in Museu de Tudo - José Olympio Editora)
*nota do blogueiro: post publicado a meus amigos palmeirenses, hoje um tanto tristonhos

quarta-feira, 2 de junho de 2010

O Teatro Mágico – política e cultura

Foto: Guilherme Peres
Na semana passada, entrevistei Fernando Anitelli para o Visão Oeste. Líder da trupe O Teatro Mágico, vocalista e compositor, ele estava na festa de aniversário do prefeito Emidio de Souza, de Osasco (cidade da banda), e falou ao jornal sobre a briga dos artistas em busca de espaço na mídia. E também sobre o que isso tem a ver com política e eleições.

O que mudaria para os artistas uma eventual eleição de Aloizio Mercadante (PT) no estado de São Paulo depois de tanto tempo sob governos tucanos? “Para nós mudaria de imediato a possibilidade do diálogo. A gente não tem hoje uma política cultural adequada capaz de trazer o artista para próximo do público, de comunidades, escolas, prefeituras, centros culturais. A gente vive um momento onde o que tem é o ‘amiguismo’ contemplando uma arte de qualidade duvidosa”, diz Anitelli.

O artista critica o sistema viciado baseado no jabá e em meros interesses comerciais. Um problema antigo. “Rádio e TV não abrem espaço aos artistas novos, as casas de show estão preocupadas em vender cerveja, não se a música é interessante, com a qualidade ou não”, afirma Anitelli. “Dentro desse cenário, a gente tem que buscar soluções, reinventar uma outra economia em relação à música, a gente cria justamente, como criou, um movimento de MPB, movimento de música para baixar”.

Para ele, a democratização dos meios de divulgação da música e da arte podem ajudar a desenvolver “um povo muito mais criativo, ouvindo outros tipos de música, não só aquilo que as gravadoras, o rádio e a TV impõem goela abaixo”.

Ouça, a partir deste link, uma bonita canção popular da trupe, sobre o “homem que catava papelão”, do álbum mais recente: O Teatro Mágico - Segundo Ato.

As músicas da trupe podem ser baixadas a partir do site da Trama Virtual.

Leia aqui a entrevista no Visão Oeste.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Os 10 Melhores Termos de Busca do Mês [3] – maio de 2010

Segue a seleção dos melhores, ou alguns dos melhores, termos de busca do mês de maio com os quais os queridos leitores chegaram até aqui. Foi um período de excitação com a overdose de mata-matas no futebol e também pela convocação de Dunga para a Copa do Mundo.

Foram muitos, por exemplo, os que desde o mês passado procuraram este humilde blogueiro para saber o que os astros tinham a dizer sobre o destino do Corinthians na Libertadores. Tanto que o tema se repete nos dez mais deste mês. Confesso que fiquei lisonjeado, mas eu raramente sei o que vai acontecer comigo mesmo daqui a cinco minutos, como poderia saber o que os profetas tinham a dizer sobre tema tão complexo? Nem eu nem ninguém previu.

Vejam por exemplo as "previsões" de Felipe Cabañas em comentário justamente no post dos 10 Melhores Termos de Busca do Mês passado: "acho que no final das contas o inter vai ficar [cair fora](principalmente porque tem uma final desgastante contra o arquirival domingo) e o cruzeiro vai passar... quanto ao corinthians, 3 x 1 timão....", disse Felipe. Mas, acreditem, futebol é uma caixinha de surpresas.

Então, aí vão os dez do mês de maio:

Fotos: Reprodução e Eduardo Metroviche

Fala a verdade: quem é mais bonito?

1) paulo henrique ganso bonito
– Olhe, ele joga muito bonito, realmente. Mas ponha o Ganso ao lado de ... de um Al Pacino mesmo, por exemplo.

2) centernada do corinthias
– Um comentário de Paulo no post “Flamengo detona sonho corintiano da Libertadores”, com certeza, trouxe esse sádico, ou apenas piadista, ao meu blog. É fato que o comentário postado fez muita gente dar risada. Vai abaixo, então, para quem não leu:

Centernada
"E pro Corinthia nadaaaa...
É pique, é pique, é pique, é pique...
É hora, é hora, é hora...
rá-tim-BUUUUMMM,
Corinthia, Corinthia, Corinthia..."


3) novo filme woody allen hipocondríaco
– Mais um. O novo é Tudo pode dar certo

4) pitbull pode ser dócil?

– Pode, até ele mudar de idéia

5) perfume mulher al pacino
– Meu, mas que mania de grandeza. Ponha-se no seu lugar! Você não chega nem às unhas do Al Pacino (de novo ele). Encare tua mulher olhos nos olhos e pergunte, pra ver. Se ela rir na tua cara, não diga que não avisei.

6) porque o santos foi campeao se os dois jogos entre santos e santo andre deram 3x2
– Prezado, você precisa estudar os porquês (por que, porque, por quê). Em frases interrogativas, é assim: “Por que o Santos foi campeão...” (e não porque). O Santos foi campeão porque, como fez melhor campanha, jogou por dois resultados iguais. Entende?

7) previsões futuras corinthians x flamengo libertadores
– Como disse, esse foi um dos temas mais procurados no blog este mês. O caso da frase acima é engraçado (nunca ouvi falar de previsões passadas). Alguns termos de busca com o tema sequer perguntavam. Afirmavam mesmo, como esse outro: "Segundo os astrologos o corinthians ganha do flamengo nesta quarta”.

8) santo andre vendeu o jogo no segundo tempo?
– Contra o Santos? Mas que idéia! Com certeza não. Você viu o jogo?

9) uma frase que resume o dunga

– O Exterminador do futuro (1, 2 e 3)

10)
o metro lembra o que, que animal?
– Calma, cara, calma. Lembra rapidez e conforto (desde que não sejam aquelas composições antigas que saem da Vila Madalena e passam pela Paulista, que parecem uns fornos móveis). Lembra Alstom, Alckmin, cronograma atrasado etc. Enfim, lembra um monte de coisas.